A melhor conselheira é a tristeza. Quando estamos felizes, estamos eufóricos. Não medimos consequências. Entramos na ilusão de que “tudo ficará bem para sempre”.

A tristeza nos faz mais humildes. Coloca nosso ego lá em baixo. É um momento onde não magoamos ninguém. E o silêncio é rei.

Desconheço melhor momento para tomar decisões. Desconheço melhor momento para analisar situações. Desconheço melhor momento para colocar alguns pontos finais. Desconheço melhor momento para enxergar o que fingimos não ver.

Da mesma forma que a felicidade não dura para sempre, a tristeza não é eterna. Sabe aquele papo das “vacas magras” e das “vacas gordas”? Veja o momento difícil como uma vaca magra. Desiludida, sem esperança, desacreditada.
É nessa hora que você precisa analisar tudo e definir o que fazer para que a vaca se torne gorda. Pra aprender com cada situação complicada, crescer. As decisões que você toma hoje, nesse momento de tristeza, irão nortear o seu caminho para dias melhores.

Costumo chamar nossos momentos complicados de tempestades. E a cada tempestade, notei que fiquei melhor. Mais forte, mais madura, mais atenta aos sinais que as pessoas dão. E foi na tristeza, em que tomei as melhores decisões.

Ela nos faz pensar com a razão. Enxergar a situação com os olhos limpos de emoções e ilusões. Assim, conseguimos tomar as decisões mais acertadas. A tristeza é mal vista por muitos. Mas é a melhor parceira na escolha de caminhos.

Claro, que se ela se torna inseparável da sua caminhada, você precisará rever isso. Ter a tristeza como principal companheira em momentos complicados para tomar decisões, é uma coisa. Ter a euforia, a decepção, a desilusão para tomar decisões, é outra coisa. São situações bem diferentes.

E tomar decisões com a tristeza como conselheira é melhor que com os demais sentimentos. Por colocar nosso ego lá em baixo, a tristeza nos faz pensar com a razão. Isso nos traz um resultado melhor.

Muitos dos nossos problemas nem existem. É a mente quem os cria. E até nisso, a tristeza ajuda. Ela nos põe no chão, e sem soberba ou orgulho, conseguimos pensar melhor e escolher um caminho.

Momentos por exemplo, de discussões, geram mágoas se as pessoas estão com raiva, alteradas ou dispostas a brigar a todo custo. Quando estamos tristes raramente brigamos. Ficamos imersos em reflexões.

Preferimos estar em paz que com a razão. É um momento único em nossa jornada. Conseguimos analisar melhor, pensar melhor, avaliar melhor cada situação. E o resultado disso, é a melhor decisão tomada entre as demais.

Lembrando que: se a tristeza se tornar sua companheira inseparável, isso precisa ser avaliado por um profissional da psicologia, psiquiatria, clínica médica. O artigo se refere apenas a aproveitar a tristeza para tomar decisões ao invés dos demais sentimentos.








É graduanda em Psicologia, tem 32 anos. Como o que faz o mundo dela girar, são as pessoas, trabalha com Recursos Humanos. É mineira, bem casada com um Gaúcho lindo. Mora em Porto Alegre desde 2012. Está sempre lendo e ama escrever. Se sente rica, por ter vários livros em uma estante que é o seu tesouro. Ama se engajar em causas sociais, crê que a única coisa que levamos desse mundo, é o que plantamos. E que as boas obras, são fundamentais.