Ontem, 12 de março, completei meus 30 anos. Agora, oficialmente sou aquela dos 30. Completos.
Cada vez mais acredito que o acaso não é tão acaso assim, afinal, todos os caminhos que escolhi me trouxeram até aqui, para ser exatamente quem eu sou. E sabe, não é nada fácil ser quem eu sou. Imagino também que não deve ser fácil ser você.
Vai ter gente que vai gostar de mim assim, do meu jeito meio torto, e vai ter gente que vai me detestar pelo mesmo motivo. Aprendi – finalmente – que tentar agradar a todos é desagradar a si mesmo. Na boa? Quer você goste ou não de mim, pouco importa.
Eu me gosto. Eu me basto. Eu me escolho, todas as vezes. Não desejo a vida do outro porque sei o trabalho que dá viver a minha. Imagina desejar algo que eu nem sei se vai ser realmente bom para mim? Deus me livre.
Só nos sabemos todas as dificuldades do caminho. Tudo aquilo que você sofreu, chorou, se decepcionou, abriu mão, engoliu seco, e outras incontáveis situações que te colocaram para baixo e que você sabiamente transformou em trampolim.
O meu presente de aniversario foi diferente. Foi presença, contemplação e meditação. Não é bem “onde eu quero chegar”, mas como viver um dia por vez para chegar até lá. O caminho é sempre mais importante do que o destino final.
Tudo é sintonia, sincronia. Foi uma leve e significativa mudança de rota, e aqui estou, no dia 1 dos 30, acreditando que tive o melhor aniversario que poderia ter.
Não é sobre ter tudo aquilo que quero. É sobre abraçar tudo aquilo que o universo me entrega bem forte, e dar o meu melhor.
Às vezes, o meu melhor pode não ser o melhor que você espera de mim, e gostaria de me desculpar por isso. Eu já me perdoei. São tantos erros, falhas, desvio de rotas, decepções, dores e frustrações que aprendi a grande bobagem que é tentar ser perfeita. Ninguém nunca vai te valorizar por isso.
Seja humana, isso basta.
Hoje de manhã conversei com a minha “Antiga eu”, e senti que a frase que ela gostaria de me dizer é aquela velha conhecida: Continua, to orgulhosa. Respondi baixinho: eu também. Agradeci de novo ao universo o tamanho da generosidade que tem comigo.
Não é só um novo ciclo, foi sem duvida alguma, o melhor abraço que me dei. Está tudo bem. Sempre está.
Oi, 30 anos! Você sempre chega assim? De repente? Fique à vontade, já te amo tanto que você nem sabe.