Aqueles que se separam, em alguns casos, nunca deveríam ter se casado.
Digo isso porque já vivi relacionamentos que nem deveriam ter acontecido, mas quando olho para trás, reconheço as lições que vieram deles. Muito era sobre mim, não sobre a pessoa com quem eu me relacionava. Era eu quem precisava aprender mais sobre como eu deveria oferecer o meu amor e como eu precisava aprender a receber o que a outra pessoa tinha a me oferecer.
Muitos relacionamentos são apenas degraus para que você possa aprender mais sobre quem você é e também sobre o quanto você ainda precisa amar a si mesmo. Porque, muitas vezes, a carência faz você pensar que ama, quando na verdade, o que te falta é, justamente, amar a si mesma.
Você aceita migalhas de afeto, se submete a situações abusivas, tenta justificar o ciúmes e a toxicidade do outro porque tem medo da solidão, porque alimenta traumas de rejeição, abandono, traição e humilhação que tem origem no seu sistema famíliar, mas insiste em permanecer casado.
Muitas pessoas precisa aprender a amar, elas não sabem que, o que sentem não é amor, mas sim, dependência e carência afetiva, por isso, distorcem o verdadeiro sentido do amor que é o campartilhar, o doar, o servir e o crescimento individual para a cura de si mesmo.
Há quem prefira estar casado do que solteiro, mesmo tendo apenas uma relação de fachada.
Muitos mestres vieram a esse mundo para nos ensinar a amar, mas poucos de nós aprenderam a lição. Em muitos casos, o divórcio não é a solução, mas o casamento também não. Isso porque, muitos se divorciam por motivos bobos e infantis, por egoísmo e por não não saber dividir. Outros, se casam porque não aguentam mais conviver consigo mesmos e precisam de alguém para despejar suas dores ou neessitam ser mandadas porque não sabem o que fazer com a própria vida.
Muitas mulheres aceitam relações tóxicas porque acreditam na instituição do matrimônio, muitos homens se casam e depois percebem que não era aquilo que imaginavam e ambos vivem juntos, porém, despertam o pior um do outro.
O casamento precisa despertar o melhor em nós, o amor tem crescer a cada dia, se isso não acontece, nem deveriam ter se casado. Se a dúvida ronda a relação, se o julgamento é constante… o amor esfarela até não restar nenhuma migalha.
Por essas e outras, muitas vezes, era bem melhor nem ter se casado, mas se o casamento aconteceu, não há motivos para continuarem juntos se a relação se transformou em algo doentio e desgastante. Estar casado deve ser motivo de gratidão, mas quando a ingratidão está presente, o amor não permanece.
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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica. Foto de @felipepelaquim na Unsplash VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?
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