As emoções influenciam o funcionamento do cérebro e podem gerar transtornos mentais, diz estudo
Ficar “triste” ou “deprimido”, às vezes, é normal, mas quando esses epsisódios deixam de ser esporádicos e passam a ser contínuos, é um sinal de que o nosso cérebro está desenvolvendo um transtorno.
É comum ouvirmos piadas de pessoas loucas, ou mesmo, escutar que somos loucos quando cometemos, aos olhos dos outros, “uma insanidade”.
Existe muito preconceito entorno do assunto “doenças mentais”. Quem nunca foi chamado pelo irmão, pelo amigo, ou talvez até tenha sido você quem chamou um colega, na “brincadeira”, de “doente mental”?
Criou-se um estigma, difícil de ser quebrado, e muitas pessoas se sentem extremamente ofendidas quando são chamadas de loucas.
Porém, muitos dos conceitos criados a respeito da “loucura” são infundados, o que gera, preconceitos.
Uma doença mental pode ser definida como uma condição de saúde que afeta os pensamentos, os sentimentos ou o comportamento de uma pessoa (ou os três juntos) causando angústia e dificuldade funcional.
Como neurocientista, publiquei um estudo na revista científica International Journal of Health Science com o objetivo de esclarecer o que acontece no cérebro de uma pessoa com transtornos mentais.
Esse estudo contém uma ampla pesquisa bibliográfica acerca das bases neurológicas dos transtornos psiquiátricos com enfoque da neurociência, mas seguindo o viés da psiquiatria e da ciência médica.
A primeira grande questão que surge ao escolher essa direção de pesquisa é, exatamente, qual é a base biológica da psicopatologia?
Uma maneira de responder a essa pergunta é tentar encontrar marcadores biológicos que variem de acordo com a natureza e gravidade da psicopatologia”, diz a publicação.
A meu ver, é preciso olhar sob o viés comportamental. Onde os indivíduos são observados como um conjunto de comportamentos regulados por estímulos específicos. Em conjunto com a visão cognitivista, é preciso observar a representação cognitiva consciente que cada indivíduo tem.
Desse modo, é possível entender o funcionamento mental patológico e o funcionamento mental normal, e os sintomas e transtornos que surgem de disfunções comportamentais e/ou cognitivas, originadas e reforçadas, pelas experiências sócio-familiares.
“Na ótica psicanalítica, há uma grande importância para as emoções. O homem é um ser governado pelas forças inconscientes, pelos seus desejos e pelos seus conflitos. Nessa visão, os transtornos e as síndromes psiquiátricas são definidas pelas formas de expressões desses conflitos, medos e desejos”, explico no estudo.
Além das questões cerebrais, ainda existem elementos fundamentais que recebemos da herança genética e do ambiente.
*DA REDAÇÃO RH. Sobre Fabiano de Abreu Agrela. Dr. Fabiano de Abreu Agrela é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.
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