Muitas vezes na vida chegamos em um determinado momento em que é preciso fazer um balanço. Por vezes, deparamo-nos com situações em que a perda é superior ao ganho, em que os momentos negativos se tornam mais frequentes do que os positivos. Nesse momento é preciso parar e rever prioridades. É preciso revisar todos os passos que demos, todas as decisões que tomamos e avaliar.
“Nunca é tarde para tentar reviver um sonho passado. Mesmo que o tempo limite o sonho, o prazer da esperança é o elemento da oportunidade.”
Por vezes abdicamos de um pouco de nós e dos nossos sonhos pelos outros. Todos temos sonhos e objetivos que deixamos pelo caminho porque a vida nos desviou deles ou não nos deu oportunidade de concretizá-los no momento desejado. Quem sabe, agora, eles farão mais sentido? Talvez, neste momento, sejam a peça que falta para nos colocar de novo no trilho de uma vida mais feliz e plena.
Como diz o ditado: antes tarde do que nunca.
Nunca é tarde para nada enquanto houver vida. Um plano pode não servir para um ganho financeiro devido num certo momento, mas pode servir para uma satisfação pessoal em outra oportunidade.
Se algo almejado não está bom, se você fez de tudo para melhorar e, mesmo assim, não está bom, pode ser a hora de mudar. Refazer os planos não é sinal de fraqueza e, sim, de certeza de que aprendeu com as falhas para que possa se aprimorar e fazer desta aprendizagem um novo planejamento com um final satisfatório.
O amor e os relacionamentos são parte integrante e importante da nossa vivência. Por vezes, arrastamos situações que sabemos que são insustentáveis. Muitas vezes pensamos que o mau momento é apenas uma fase. Em outras, esse mal-estar se prolonga em demasiado e nos força a tomar uma decisão. Antes de tudo, devemos lutar, fazer de tudo para que o que desejamos dê certo.
Muitas vezes, quando entendemos que tal coisa não é possível, pode ser melhor abandoná-la. A perda pode ser o caminho para uma nova felicidade. Uma libertação para novas vidas e novas oportunidades. Nunca é tarde para a realização pessoal; e ela pode ser conseguida de várias formas.
No caso de uma relação a dois, por exemplo, não devemos desistir ao primeiro obstáculo. Se essa relação durou por vários anos é porque algo conectou as duas pessoas. Esse elo que se constroi é, por vezes, mais seguro de aperfeiçoar e manter do que iniciar uma nova etapa. Lidar e renovar o conhecido pode ser mais seguro do que pisar em terreno no qual nunca andamos e que, no final, pode não nos trazer a satisfação que procurávamos. O novo nem sempre é o caminho mais sensato, pode ser apenas o caminho mais fácil de nos afastarmos dos problemas.
Por vezes, gostaríamos de ter perseguido uma outra carreira profissional, por exemplo, mas a nossa vida familiar não permitiu. Talvez seja tarde para exercer uma nova profissão, mas nunca é tarde para aprender novas tarefas. Nem que seja apenas por gosto ou por enriquecimento pessoal.
No nível profissional, o mesmo padrão se aplica. Quando estamos numa situação pouco estável ou pouco satisfatória temos que alterar padrões. Muitas vezes arriscamos profissionalmente por uma questão de moda, de oportunidade momentânea. Da mesma forma que temos coragem para avançar temos que ter a coragem para saber quando parar e alterar o rumo.
Alterar seus planos não é uma vergonha, é uma certeza de que experimentou e aprendeu para que possa dar certo na próxima vez.
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com
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