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Escritora compulsiva, descobri a minha vocação escrevendo cartas. Imaginei-me poeta e enviei para Adélia Prado alguns dos meus melhores poemas, pelo correio, juntamente com uma carta. Ela teve a gentileza de me retornar dizendo: “você escreve cartas admiráveis.” Entendi. Esqueci a poesia e passei a escrever cartas. Cada texto que escrevo é uma carta e o leitor é o destinatário dessa carta. Tem dado certo. Escrevo e assino. Com carinho, com afeto, e com as minhas experiências de vida.