É possível que algumas pessoas ainda acreditem que os conceitos de autoestima e ego são sinônimos. É algo totalmente compreensível quando pensamos que desde pequenos somos ensinados a pensar nos outros antes de nós mesmos. Inclusive na idade adulta, pensar em si mesmo pode ser considerado egocentrismo e egoísmo.
Mas, o que acontece quando pensamos que autoestima e ego são a mesma coisa? Damos preferência para as necessidades das pessoas a nossa volta, buscamos a aprovação externa, nos sentimos culpados quando desejamos dizer “não” e nos sentimos obrigados a dizer “sim” para não parecermos egoístas.
Bom, a grande consequência dessa confusão é o desencontro com as nossas necessidades, já que nos esquecemos de escutar a nós mesmos e, consequentemente, esquecemos que nós devemos nos valorizar. Nesse sentido, hoje veremos 7 diferenças entre autoestima e ego.
Uma pessoa com um grande ego tem admiração excessiva por si mesma. Isso é tão verdade que desenvolve características narcisistas e observa o mundo com uma visão distorcida. O grande problema desse tipo de pessoas é que acreditam que são superiores aos outros, consideram que são perfeitas e que tudo o que fazem também é.
Entretanto, uma pessoa com uma autoestima alta se valoriza, e o faz sempre por uma ótica realista. Por isso tem consciência de suas virtudes e também de seus defeitos e não tenta escondê-los para parecer algo que não é. Ou ao contrário, os aceita e se algum deles traz problemas ou dificuldades, tenta encontrar uma solução.
Não é ruim admirar a si mesmo, gostar de si mesmo e dizer coisas positivas para si mesmo. Todavia, pensar que somos perfeitos é ruim. Todas as pessoas têm defeitos e o fato de reconhecê-los nos ajuda a melhorar. Fingir que não temos nenhum defeito não nos faz bem.
A diferença entre autoestima e ego fica muito clara neste segundo ponto. Alguém egocêntrico sempre se preocupará consigo mesmo, mas nunca com os demais. Precisa ser o centro da atenção, captar todos os olhares. E se isso não acontece, caso se sinta ignorado, uma de suas reações é o aborrecimento.
Por outro lado, uma pessoa com autoestima alta se preocupa consigo mesma, mas também com os outros. Por isso, diferentemente de alguém com ego alto, sabe escutar e não quer ser o centro das atenções. Uma pessoa com uma autoestima saudável sabe muito bem o que significa a empatia e tem relacionamentos muito mais enriquecedores.
“Corta e arruma seu cabelo, mas quase sempre se esquece de cortar e arrumar o ego”.
-Albert Einstein-
Quando lidamos com uma pessoa que tem um grande ego, a primeira coisa que percebemos é que ela não é capaz de ver além das suas crenças. Será impossível esperar por ela para questionar ou refletir sobre si mesma. Ela acredita que sua visão é a única verdadeira, e isso gera muitos conflitos com as pessoas que estão ao redor.
No entanto, uma pessoa com muita autoestima é capaz de olhar além de seu próprio ponto de vista. Ela sabe que sua visão não é a única e entende que as outras pessoas têm perspectivas diferentes e, inclusive, ela pode se interessar por elas. O fato de saber como ouvir, colocar-se no lugar da outra pessoa e poder adquirir uma nova perspectiva de uma situação faz com que os relacionamentos que ela tem sejam saudáveis e proveitosos.
Como podemos perceber, uma clara diferença entre a autoestima e ego é que a pessoa egocêntrica não consegue ter empatia ou colocar-se na pele dos outros. Para isso, é necessário ter uma autoestima forte e saudável. De fato, alguém com um ego forte realmente não ama nem respeita a si mesmo. Só cobre e esconde o que não lhe interessa. É por isso que é tão difícil ver mais além.
Uma pessoa com um grande ego não suportará receber críticas que vão contra a imagem exagerada e distorcida que ela tem de si mesma. Como escondeu seus defeitos debaixo dessa máscara de grandiosidade, qualquer sinal de que alguém possa revelá-los fará com que a pessoa fique na defensiva, irritada e culpando os outros.
Por outro lado, aqueles que têm uma autoestima saudável serão capazes de reconhecer suas falhas e receber críticas que os ajudarão a melhorar. Não tomarão as críticas como algo negativo, mas apreciarão recebê-las. É claro, sempre que forem críticas construtivas.
“É possível amadurecer e evoluir ao praticar a autocrítica e aceitar a crítica construtiva”.
-Jorge González Moore-
Vimos que uma pessoa com um ego excessivo sempre pensa nela mesma. Portanto, se ela busca a ajuda dos outros, os aborda expressando algum interesse, e é porque existe algo que pode beneficiá-la. Se não consegue algo positivo, a pessoa com ego alto não precisará dos outros.
Alguém com autoestima saudável não age dessa maneira, pois não usa os outros para alcançar seus fins, e graças aos outros, sabe que pode crescer. Alguém com autoestima nunca age por interesse.
As pessoas com boa autoestima são generosas e não pensam em seu benefício próprio nas relações que mantêm com os outros.
Outra grande diferença entre autoestima e ego é que quem tem um ego forte pensa que está acima dos outros. Isso pode acontecer porque a pessoa considera que é superior em força, inteligência ou beleza, entre outras coisas. Além disso, pensa que o mundo gira ao seu redor.
No entanto, alguém com boa autoestima sabe que nenhuma pessoa é superior a outra, são apenas diferentes. Por essa razão, não costumam fazer comparações.
“Não se compare com ninguém, mantenha a cabeça erguida e lembre-se: você não é melhor ou pior, você é, simplesmente, você, e ninguém pode superar isso”.
-Anônimo-
A última diferença entre a autoestima e o ego com a qual lidamos refere-se à crença de que devemos atender antes as necessidades dos outros. No entanto, não podemos dar o que não temos.
Assim, aqueles que têm um grande ego não podem amar de forma saudável e não podem satisfazer as necessidades dos outros se não tiverem suas próprias necessidades satisfeitas primeiro. Por essa razão, suas vidas se resumem a constantes tentativas de fingir, camuflar, acreditar que são os melhores…
Isso não acontece com aquelas pessoas que têm uma autoestima saudável. Elas se respeitam, aceitam, valorizam e se amam. Portanto, são capazes de ter relacionamentos muito enriquecedores. Não são egoístas, estão aprendendo o que precisam e depois dão aos outros.
Todos nós, em algum momento, já caímos nas garras no ego. Identificá-lo em vez de negá-lo e encará-lo de frente nos permitirá perceber que talvez tenhamos problemas de autoestima.
Nós nos sentimentos bons o bastante? O que nos faz sentir inseguros? Por que queremos que os demais prestem atenção em nós? Pensemos sobre isso. Não é possível ter ego e autoestima ao mesmo tempo.
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