Brasil sufocado: o colapso do sistema hospitalar de Manaus!
O colapso do sistema hospitalar de Manaus, é o resultado de uma série de erros, uma vez que as autoridades do estado não investiram em recursos materiais e humanos para enfrentar uma segunda onda da Covid-19.
Desde o início da pandemia, a cidade ignorou as regras sanitárias, que causaram mais de 3,4 mil mortes, obrigando a Prefeitura a fazer enterros em covas coletivas.
Essa realidade, se confirmou numa pesquisa do Instituto de Medicina Tropical da USP, em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, que concluiu que até 66% da população de Manaus foram expostos à Covid-19.
Mesmo assim, no final do ano, Manaus manteve as aglomerações e a realização de festas, gerando uma explosão de novos casos de coronavírus, que aumentou o consumo de oxigênio para 76 mil m³ diários, colapsando o sistema de saúde.
É por isso que os familiares de pacientes hospitalizados ou recebendo assistência médica em casa, se reuniram para comprar oxigênio, que chegou a custar 6 mil reais o cilindro.
Aliás, a polícia apreendeu 45 cilindros de um barco em Manaus e 33 cilindros escondidos numa empresa.
As cenas que assistimos mostraram a morte de pacientes por falta do elemento mais vital à sobrevivência humana: o oxigênio.
Os cilindros que estão chegando em Manaus tentam minimizar o caos, contudo, existe a preocupação com os novos casos de internação pelo vírus, que continuam crescendo.
Esse descontrole epidêmico em Manaus criou pânico na população e deixou os profissionais da linha de frente esgotados. Isso representa – um Brasil sufocado – pela imprudência, negligência e imperícia, que retrata a má gestão da pandemia no País.
A imprudência ocorre por meio de ações arriscadas, quando as pessoas não usam máscaras, álcool gel e fazem aglomerações.
A negligência acontece cada vez que se deixa de tomar atitudes que eram esperadas para situação, o que não fez o governo federal, estadual e municipal em relação à falta de cilindros de oxigênio em Manaus.
A imperícia se constitui em inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica e teórica.
O ministro da Saúde afirmou “que o caos no Amazonas é pela não realização do tratamento precoce da Covid-19”, se referindo a medicamentos não recomendados pela comunidade científica.
Da mesma maneira, se repetem as falas de pastores, jogadores de futebol, políticos, empresários etc, que fomentam os fake news.
Portanto, por não ouvir a ciência, se produziu em Manaus e no País um desastre sanitário, que era plenamente evitável.
O Sistema Único de Saúde – SUS e as vacinas, como a CoronaVac, continuam sendo a nossa “tábua de salvação”, e será um grande alento contra o coronavírus.
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