Cansei de ser porto pra quem está só de passagem. Quero ser um barco a deriva, sozinha, sendo a minha própria companhia.

Eu estou abarrotada de decepções, parece que as pessoas nunca querem ficar na tua vida, parece que sempre há algo de errado em você (e eu sei que não há nada de errado em mim além das imperfeições que todos carregam consigo).

Eu estou me tornando uma colecionadora de desilusões, ninguém fica. As pessoas chegam fazem você se sentir especial e única e depois somem, desaparecem de repente deixando pra trás dores insuportáveis quando você acreditou que dessa vez seria diferente. Pois dessa vez parecia ser recíproco, e por isso duraria. Mas não.

O pior nisso tudo é que as pessoas não se importam com o outro, às vezes sequer se preocupam em formalizar um adeus só pra a gente não ficar sozinho achando que ainda está acompanhado.

Caramba! Se você não está em um bom momento na sua vida, não invente de se envolver com alguém porque alguém pode se apaixonar por você.

Se você está confuso ou não pretende nada sério custa dizer e ser sincero?

A culpa não é da minha intensidade sem freios nem do meu excesso em sentir. Eu me preocupo com quem entra na minha vida, gosto de ficar junto, de dividir os pesos, de puxar assunto tarde da noite, de responder a mensagem assim que vejo e também, ouvir as frustrações e os desabafos dramáticos, por que não?

Cansei das pessoas jogarem suas inseguranças em mim.

Cansei de me destrancar porque alguém me fez sentir leve e de repente, esse alguém sumir. E já chega de ser sempre aquela que se importa demais com quem se importa de menos.

Cansei de ser porto pra quem está só de passagem. Quero ser um barco a deriva, sozinha, sendo a minha própria companhia. Acho que é melhor pra mim e pra todo mundo.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .