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Colo de mãe: o refúgio para todas as angústias…

Indiferente da idade que tenhamos, o colo de mãe sempre será o lugar em que nos sentiremos mais protegidos.

Não sei ao certo se é a forma como ela passa a mão em meus cabelos, brincando com os fios por entre seus dedos. Talvez seja a suavidade da palma mais lisa que conheci em minha vida, desenhando e contornando os sinais do meu rosto. Quem sabe seja a proximidade a qual ficamos em momentos como esses, que permite que eu sinta o seu perfume, inconfundível. Em meio a milhares de pessoas, eu a reconheceria só por seu cheiro e seu toque.

Talvez seja a serenidade com que conversamos quando repouso minha cabeça em seu colo. O volume e o timbre de voz, serenos e firmes, que emitem uma opinião verdadeira, com a sinceridade que só as mães possuem. A minha, em especial.

É neste colo que esqueço tudo que não me faz bem. Que sou simplesmente eu. É neste colo que tudo parece mais fácil do que vejo e que a calmaria me acalenta. Que encontro conforto nos dias de tempestade. É neste colo que tiro todas as minhas máscaras e me mostro inteira. Que volto a ser criança, indiferente da idade que eu tenha. É nesse colo que recarrego minhas energias para enfrentar o mundo adulto que em alguns dias, não gostaria de fazer parte.

É um privilégio chegar à idade adulta e ter uma mãe ao lado. É a certeza de um colo, sempre disponível, para aqueles dias em que tudo parece dar errado. Afinal, como tão bem definiu Antonio Marcos Pires: “Colo de mãe é amor que consola. Vida que ensina. Dia que nasce.
Colo de mãe é para sempre. Sinal de eternidade. Guia meus passos. Orienta meu mundo. Me afasta da solidão. Defende das tempestades! Colo de mãe é amor, alimento, ensino, partilha. Vida que pulsa! Luz que irradia”.

E desculpem-me os outros braços e abraços daqueles que me amam. Sei que estarão sempre prontos para me acolherem e confortarem. Porém, enquanto a vida me presentear com a presença da minha mãe ao meu lado, será lá que me abrigarei em dias de tempestade. Afinal, às vezes, só colo de mãe resolve!

Karol Pinto

Jornalista, balzaquiana, apaixonada pela escrita e por histórias. Alguém que acredita que escrever é verbalizar o que alma sente e que toda personagem é digna de ter sua experiência relatada e compartilhada. Uma alma que procura sua eterna construção. Uma mulher em constante formação. Uma sonhadora nata. Uma escritora que busca transcrever o que fica nas entrelinhas e que vibra quando consegue lançar no papel muito mais que ideias, mas sim, essências e verdades. Um DNA composto por papel e tinta.

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