Como a sua criança ferida pode prejudicar os seus relacionamentos na vida adulta?
Existe uma criança ferida dentro de você e ela pode estar atrapalhando os seus relacionamentos, porque ela alimenta as experiências emocionais negativas ou traumáticas que aconteceram na sua infância e que, de alguma forma, limitaram o seu desenvolvimento emocional e acarretaram danos a sua saúde mental ao longo da sua vida.
Talvez você tenha sofrido negligência, abuso físico ou emocional, sentido profundamente os efeitos da falta de inteligência emocional de um dos seus pais ou dos dois, pode também ter desenvolvido um medo desproporcional de expressar a sua verdade porque era invalidade, ou talvez, simplesmente você tenha desejado ter sido mais amada do que você foi.
As pendências emocionais da infância podem influenciar negativamente os seus relacionamentos na vida adulta de diversas maneiras, mas como cada pessoa viveu uma experiência única, é preciso desvendar cada trauma, cada dor, de maneira individual.
Porém, algumas consequências são recorrentes, como o medo da rejeição ou abandono, a dificuldade em confiar, a repetição de padrões tóxicos, a baixa autoestima, a dificuldade em expressar as suas emoções, a autosabotagem e a desconexão com a sua essência.
Se você se sentiu abandonada na infância, na fase adulta, você pode sentir um medo disfuncional de perder as pessoas que você ama, de ser abandonada ou deixada de lado.
Você pode evitar a intimidade para não se apegar e depois sofrer o abandono. Talvez, você fique buscando validação externa, constantemente, para ter garantias de que o outro realmente te ama e não vai te abandonar.
Se você teve pais que não cumpriam suas promessas, por exemplo, que traíram a confiança um do outro e a sua, você pode ter desenvolvido a dificuldade de confiar nas pessoas. É possível que quando você está em um relacionamento, você não consiga relaxar e se mantenha sempre desconfiada, em guarda, e fique alimentando pensamentos e sentimentos de que o outro irá te trair.
Se você teve pais que brigavam muito, se desrespeitavam e pareciam se odiar, é possível que na vida adulta você repita esses mesmos padrões disfuncionais nas suas relações.
Você pode ter desenvolvido a tendência de buscar relacionamentos conflituosos e nada saudáveis.
Se você se sentiu invalidada na infância, você pode ter criado uma autoimagem negativa que afetou diretamente a sua autoestima. Com isso, na vida adulta, quando você se relaciona, você sempre sente que não é boa o suficiente e acaba aceitando migalhas de afeto por carência. E nesse ponto começa o ciclo de dependência emocional.
Se você sentia muito medo dos seus pais, se eles eram autoritários e raivosos, ou pelo menos, um deles, certamente, você se viu obrigada a reprimir as suas emoções e, na fase adulta, pode ter dificuldade de expressar os seus sentimentos. Nesse contexto se criam problemas de comunicação que prejudicam as suas relações.
Se na infância, um dos seus pais teve um comportamento destrutivo, na vida adulta, você é aquela que se auto-sabota, que não se valida e nem acredita em si mesma e essa postuda diante de si e da vida.
Essa criança ferida que existe dentro de você sempre acaba afastando relacionamentos que poderiam ser muito positivos?
A verdade é que ela precisa da sua atenção e do amor. Você não pode mudar o seu passado, só pode ressignificar, e para fazer isso, a terapia e o processo contínuo de autodesenvolvimento são fundamentais.
A sua dor merece o seu amor e respeito! Escolha-se!
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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica. Foto de Sabine van Straaten na Unsplash. VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?
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