A resiliência apresenta-se como uma competência de destaque no cenário atual, onde cada vez mais corporativamente somos expostos à crises, restruturações e mudanças, precisando responder de forma ágil e inteligente às intempéries com o máximo de flexibilidade, mobilidade e capacidade de recomposição emocional.
Compreendida como a capacidade de perseverar e adaptar-se às condições desfavoráveis, de acordo com Reivich & Shatté (2002), a resiliência é no contexto em que vivemos hoje em meio a crises, súbitas transformações e oportunidades, abordada como a principal competência do século XXI, (SABBAG, 2012).
A origem do conceito de resiliência, do latim resilientia, do verbo resilio (re + salio) que significa “saltar para trás”, recuperar-se, voltar ao “normal”, deriva da física, em meados de 1620, considerando estudos sobre a elasticidade dos materiais; emprestado mais tarde pela literatura psiquiátrica, ao examinar crianças classificadas como invulneráveis a acontecimentos difíceis na vida, onde com o tempo, o termo “invulnerável” foi substituído pelo termo “resiliência” visto a capacidade de seguir em frente mesmo diante das consequências (EARVOLINO-RAMIREZ, 2007).
Definida pelo Merrian-Webster Dictionary (2015) como a habilidade de recuperar-se e ajustar-se facilmente à mudanças, a resiliência capacita o indivíduo a lidar com stress de forma a controlá-lo e transformá-lo em energia positiva, ao invés de evitar situações de extrema pressão e complexidade a qualquer custo de acordo com artigo publicado na Harvard Business Review Brasil (ANTON, 2013).
Em um ambiente de negócios cada vez mais volátil e agressivo, direcionar com maestria uma equipe de projetos tornou-se uma atividade extremamente estratégica, exigindo não apenas uma liderança capacitada, mas uma equipe organizada, focada, tenaz e capaz de reestruturar-se diante de cenários multifacetados, adversos e infortúnios.
Resultado de uma pesquisa de 12 meses através de uma iniciativa de Iniciação Científica da Universidade Nove de Julho, este estudo revela que a resiliência é uma competência que gera vantagem competitiva em equipes de projetos, seja pela forma de condução de conflitos e situações de crise ou pelos benefícios angariados em manter estável a sobriedade e o foco mediante adversidades dentro e fora do âmbito profissional, tornando potencialmente o ambiente de trabalho mais equilibrado, agradável e propenso à brainstorms (troca de idéias) e feedbacks (comentários que fomentam reflexão e melhorias).
O ambiente técnico e processual do gerenciamento de projetos ganha em workaround quando a equipe passa a ser mais resiliente, com emoções mais temperadas, maior empatia, articulação em apoios estratégicos, proatividade, flexibilidade, iniciativa para tomada de decisões e resolução de problemas, tenacidade para solucionar problemas e consequentemente uma maior compreensão do projeto como um todo e não apenas em suas funções individuais.
Conclui-se ainda que mesmo a equipe não sendo resiliente em sua totalidade e ainda que severamente fragmentada por indivíduos resilientes, o ganho é substancialmente perceptível, uma vez que esses profissionais acabam por ocupar posições estratégicas que propaguem a importância de habilidades resilientes e inspirem a busca pelo seu desenvolvimento e aprimoramento.
Do ponto de vista gerencial, investir tempo e recursos no desenvolvimento de uma cultura resiliente no ambiente de gerenciamento de projetos é uma ação premeditada que visa colher os resultados de uma equipe mais autossuficiente no âmbito de tomada de decisões, mais flexível e articulada diante de mudanças e adversidades e mais entrosada visto à pluralidade cultural e geográfica que compõe não só as equipes de projetos mas também todos os stakeholders, afunilando o senso de propósito.
Pela ressonância positiva no improovement (improviso) das equipes de projetos, este estudo recomenda o incentivo do desenvolvimento da resiliência como competência veemente nas equipes de projetos bem como na cultura organizacional, visando prover às companhias maior adaptabilidade a reveses e obstáculos, mantendo-se competitiva e sólida, angariando vantagem competitiva para navegar nas correntezas de um mercado hostil com maior facilidade e temperança enquanto outros naufragam.
Convido á todos para que acessem o estudo na íntegra em meu perfil, no campo Formação Acadêmica.
Sugiro também a investigação através de estudos já existentes e correlatos à inteligência emocional, resiliência, ASE (aprendizagem social e emocional) e às áreas de neurociência e liderança, além de outras organizações.
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