Na infância muitos de nossos comportamentos da vida adulta começam a ser delineados.

Uma personalidade controladora pode ter raiz na infância e aflorar na fase adulta como mecanismo de proteção contra o medo da rejeição. E muitas vezes pelo medo de perder o outro, a pessoa entra em um mecanismo de controle sufocante, que faz com que a pessoa se afaste.

Abrir mão do controle o ajudará a criar laços e manter relacionamentos mais plenos e saudáveis.

Como uma pessoa se torna controladora?

Em geral, filhos de pais controladores terão maior propensão a imitar o comportamento dos pais.
Uma criança que sofreu durante a sua infância as dores do abandono e da rejeição, que sentiu a falta de aceitação e de amor incondicional, em geral, carrega consigo, dores e feridas, difíceis de serem curadas.

Muitos, nem tiveram a oportunidade de viver a infância, foram forçados pelas circunstâncias, a se tornarem adultos precocemente por terem nascido em um ambiente familiar desestruturado.

Pessoas controladoras transmitem inicialmente uma imagem de segurança, autoconfiança, domínio e firmeza que não condizem em nada com a realidade que vivem internamente.

Podem até parecer muito seguras por fora, mas internamente, sentem-se como crianças amedrontadas, vazias e famintas de afeto.

Características de uma pessoa controladora

Leia as características abaixo e perceba se você se reconhece em alguma delas:

1 – Baixa autoestima: As pessoas controladoras possuem uma visão negativa de si mesmas e uma ausência de empatia, amorosidade e gentileza consigo e com os outros. Não conseguem enxergar características positivas em si mesmas e gozar de seu amor próprio;

2- Insegurança, ciume e possessividade: Como acreditam, lá no fundo, que não são suficientemente boas, e não merecem ser amadas, se sentem ameaçadas por qualquer pessoa que julguem mais interessante (quase todas por conta da sua baixa autoestima), decidem que devem tentar controlar seus amores, imaginando que, desta forma, evitarão viver, novamente, as dores do abandono e da rejeição, vividas na infância;

3- Rigidez: Criam verdades absolutas, possuem incapacidade de negociar e fazer acordos, bem como, grande dificuldade em aceitar outros pontos de vistas que não os próprios;

4- Ausência de confiança no fluxo da vida: Manipulam e controlam as situações, acreditando que sempre sabem o que é melhor para si e para o outro;

5- Intolerância com as incertezas: Lidam com extrema dor, ansiedade e fragilidade diante das incertezas da vida. Por medo do que a vida possa trazer, gastam enormes quantidades de energia tentando controlar o próprio destino, o destino do outro e os caminhos da vida;

6- Dificuldade para gerenciar as próprias emoções: Vivem uma grande fragilidade e desamparo emocional e não sabem lidar com as próprias emoções.

7- Dificuldade em cuidar das próprias carências e dos próprios vazios: Tem grande dificuldade em se nutrir e abastecer sozinhos, com as próprias atividades, prazeres e hobbies, precisando buscar nutrição emocional do lado de fora, nos outros. Ou então tornam-se os famosos saco sem fundos em que nada é suficiente para agradá-los;

8- Controladores ativos: brigam, berram se irritam e querem colocar sua opinião a força;

9- Controladores passivos: Fazem chantagem emocional, choram, ficam em silencio e desprezam o outro, agem como crianças birrentas que choram e esperneiam quando suas vontades não são atendidas;

Segundo a palestrante e terapeuta Regina Restelli, a pessoa controladora se sente desesperada ao ser rejeitada, ou até mesmo, contrariada e suas reações revelam a sua fragilidade emocional.

“Por medo de encarar este sofrimento desenvolvemos essa necessidade de controlar absolutamente tudo: até o que o outro sente ou faz. Quase sempre exigimos que a pessoa seja da forma que achamos correta, sem nos dar conta do que sentimos ou fazemos, em função do medo de não sermos amados. O medo nos aprisiona numa única ideia de conquista a qualquer preço. E inúmeras vezes, nem amamos de verdade, só queremos provar para nós mesmos que somos irresistíveis e irrecusáveis”, explica ela.

Tentar ressignificar os acontecimentos do passado, poderá te ajudar a mudar esse comportamento controlador! Você será mais feliz e as pessoas ao seu redor, que se sentem controladas, também.

Você acha que precisa de ajuda profissional para vencer tudo isso? Entre em contato com a autora Gisele Lacorte








Psicóloga clínica, terapeuta corporal, consteladora familiar e orientadora profissional. Escritora e facilitadora de workshops, palestras e grupos terapêuticos que visam auxiliar as pessoas a reconhecer e ativar sua potencia de realização e alegria de viver através da reconexão com a sua verdadeira essência, do profundo cuidado com o sentir e com o poder de expressar suas emoções mais genuínas. Desenvolve trabalhos personalizados para grupos e empresas.