Admiro mesmo quem “mata um leão por dia” para “sobreviver”! É uma prova de que a vontade de viver do indivíduo é maior que as angústias e problemas que ele enfrenta, e isso é, sem dúvidas, admirável!
Mas quando analisamos a vida por uma visão um pouco menos “fechada” da sociedade atual em que vivemos, percebemos que “matar um leão por dia” não é algo benéfico e, por isso mesmo, não deve ser romantizado.
Aliás, sofrimento nenhum deve. Essa ideia de que o sofrimento purifica o espírito não passa de um pretexto para a prática deliberada da autossabotagem. Na realidade mesmo, ninguém veio a este mundo para sofrer. Embora as desventuras sejam parte inerente da VIDA, punir-se e incorporar o sofrimento como algo natural e inevitável é a pior técnica de masoquismo que eu conheço.
O termo “sobreviver” também não é agradável, uma vez que não nascemos para ter uma “sobrevida”, ou seja, um prolongamento penoso da vida além de certo ponto.
Ninguém vem parar aqui nesse mundo por mero acaso. Se estamos aqui é porque nos foi dado o DIREITO, devemos fazer bom uso da “Lei Universal do Usufruto”, já que somos herdeiros diretos do Criador! Tudo que existe na Terra está à nossa disposição.
Pela visão Taoista (Taoismo pode ser considerado uma religião chinesa, que tem como fundamento o equilíbrio absoluto, o Yin e o Yang, que nos diz que nós, seres humanos, devemos viver em harmonia com a natureza e o cosmos pois somos parte de tudo e do Todo), então, na visão Taoista, “matar um leão por dia” é considerado antinatural. Vai contra o fluxo natural da vida.
Se você enfrenta muitos obstáculos e está, há muito, forçando uma porta que não se abre, então essa porta não é a certa para você.
Claro que, se você quer chegar ao topo de uma montanha, você terá que enfrentar a escalada. Ir a lugares onde a maioria não vai exige esforços que a maioria não faz, porém, a escalada é a parte natural, o medo é parte natural, algumas pedras rolando também, mau tempo, pode ser que você pegue chuvas e com certeza irão te acontecer imprevistos, porém, se esses imprevistos só o prejudicam e não beneficiam em absolutamente nada, rolam-se pedras o tempo todo. Se o Sol não abre e a tempestade é constante, se a escalada já está perdendo a beleza e o sentido de ser, daqui a pouco nada adiantará chegar ao topo. Você terá se perdido de quem é, ao longo do caminho.
Porque o caminho se mostrou antinatural. Trabalhemos então com a hipótese do Universo (Deus, Allah ou como queira chamar), por alguma razão, não achar que é o seu momento ideal para chegar lá em cima. Ele vai lhe mostrar isso.
Às vezes, o tempo Dele não é tão sincronizado com o nosso, como gostaríamos. Então, restam-nos sempre duas escolhas: relutar, chorar, espernear e ficar de mal de Deus ou trabalhar o nosso imediatismo e a CONFIANÇA no Todo.
A arte de soltar (como se fala no famoso “Efeito Zenão”, tão difundido pela Física Quântica) é fundamentada no “Princípio do Confiança Original” que nos diz que, assim como confiamos totalmente em nossos pais ou tutores, quando somos pequenos, e que muitas vezes estendemos tal sentimento à vida adulta, também devemos confiar atavicamente no Criador, pois somos parte fundamental e inseparável do Criador de Tudo.
Mas desconfiar é um ato genuinamente humano! Se seu pai estiver lá embaixo de uma ponte te dizendo: “Vem, pula, está uma delícia”, mas você tiver fobia de água ou altura, você vai relutar e não vai pular, não porque você não confie NELE, no seu pai, mas porque você não confia EM VOCÊ, você acredita que não consegue fazer aquilo e essa crença vai governar a sua vida. É desta forma que vivemos. Desconfiando de tudo baseado em nossas percepções pessoais, não em “verdades universais”.
A arte da “não-ação” nos diz isso que pular é uma decisão de cada um, mas que, se cairmos num rio, nem sempre a melhor atitude é nos debatermos e nadarmos contra a correnteza.
Quando falamos em não-agir, muita gente pergunta: “Mas então é só isso? Não preciso fazer nada?” E a resposta é: NÃO! Não é isso! (risos)
Nós devemos idealizar e desejar com todas as nossas forças o que queremos, fundamentando nossos pensamentos; então, esses pensamentos criarão SENTIMENTOS; esses sentimentos geram EMOÇÃO e é essa emoção que devemos emanar fortemente ao Universo e, então, sim, entregá-la nas mãos do Criador.
Sem resistência, sem “porém”, sem “acordos” e principalmente, sem DÚVIDAS. Pois quando confiamos 100% em algo ou alguém, não nos preocupamos com esse algo ou alguém. E a preocupação é uma bomba atômica para os desejos.
Nós é que falhamos em entrar na frequência correta dos nossos desejos, ao nos depararmos com a ESPERA. Somos seres imediatistas e que achamos que controlamos o tempo, temos a necessidade de dividir anos em meses, de encerrar ciclos, de olhar no relógio, mas o TEMPO é muito relativo e o Universo é um tanto anacrônico, ele não se atenta muito ao nosso tempo terreno!
Experimente praticar o Wu Wei. Faça uma oração, entregue suas angústias e desejos ao Universo e, então, SOLTE! Concentre-se em viver o seu HOJE, da melhor forma possível.
O passado foi um presente que deu certo, pois se estamos aqui agora, é porque ontem deu certo. Aproveite seu presente e viva com a alegria de já ter conquistado os maiores sonhos do seu coração!
Se o caminho está difícil por demais, aceite o caminho Dele, sem resistência, somente aceitação, mesmo que não entenda de primeira.
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