Há o pensamento, e então a consciência sobre o pensamento. E a diferença entre estar consciente do pensamento e apenas pensar é imensa. É enorme … Normalmente ficamos tão identificados com nossos pensamentos e emoções, que somos eles. Somos a felicidade, somos a raiva, somos o medo. Precisamos aprender a dar um passo para trás e saber que nossos pensamentos e emoções são apenas pensamentos e emoções. Eles são apenas estados mentais. Não são sólidos, são transparentes.
É preciso conhecer isso e então não se identificar com o conhecedor. É preciso saber que o conhecedor não é um alguém.
Você pensa que entendeu quando compreende que você não é o pensamento ou sentimento — no entanto, ir mais adiante e saber que você não é o conhecedor… isso te traz a pergunta: “Quem sou eu?”.
E essa foi a grande compreensão do Buda — entender que quanto mais recuamos, mais aberta e vazia se torna a qualidade de nossa consciência. Em vez de encontrar alguma pequena e sólida entidade eterna — ou seja, o “eu” — recuamos para essa vasta mente espaçosa que está interconectada com todos os seres vivos. Nesse espaço, você precisa perguntar: “onde está o ‘eu’?” e “onde está o ‘outro’?”.
Enquanto estamos no reino da dualidade, há “eu” e “outro”. Essa é nossa ilusão básica — é o que causa todos nossos problemas. Por causa disso temos o sentimento de ser bem separados. Essa é nossa ignorância básica.
Ao compreendermos que a natureza de nossa existência está além de pensamentos e emoções, que é incrivelmente vasta e interconectada com todos os outros seres, então o sentimento de isolamento, separação, medos e esperanças desmorona. É um alívio espantoso!
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