Conviver com os avós ajuda no desenvolvimento infantil, afirma neurocientista
“Os avós não devem ter ligação apenas genética com os netos, é preciso conviver para desenvolver habilidades comportamentais importantes para o futuro da criança”, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela
O dia 26 de julho é uma data dedicada a destacar a importância dos mais experientes na vida de todos. O “Dia dos Avós”, mostra como esse convívio é especialmente recomendado para as crianças, ajudando no desenvolvimento de habilidades fundamentais como a empatia, respeito e desenvolvimento cognitivo.
É o que explica o Pós PhD em neurociências e membro da Society for Neuroscience nos EUA e da Sigma XI, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
“Os avós podem oferecer muito mais do que uma simples herança genética, algo que, apesar de ser muito importante, não é a principal contribuição que eles podem dar ao desenvolvimento das crianças. O convívio com os avós, especialmente na infância, é fundamental para uma melhor educação e direcionamento, que são feitos de forma diferente pelos avós do que pelos pais”.
Os benefícios do convívio com os avós durante a infância
– Compartilhar experiências com as crianças;
– Fortalecimento de laços sociais e familiares;
– Transmissão de valores de uma forma diferente dos pais;
– Suporte emocional;
– Exemplos de resiliência que oferecem suporte ao desenvolvimento comportamental.
O cérebro dos jovens e seus avós
A ligação entre avós e seus netos pode ir muito além do sangue, entrando no campo do cérebro, é o que indicaram estudos conduzidos pelo antropólogo americano James Rilling, da Universidade de Emory em Atlanta, Estados Unidos.
Rilling recrutou aproximadamente 50 avós com netos biológicos entre 3 e 12 anos para participar do experimento. Utilizando ressonância magnética funcional, que monitora mudanças no fluxo sanguíneo cerebral, ele observou atividades em áreas do cérebro relacionadas à empatia emocional, como a ínsula e o córtex somatossensorial secundário, quando as avós viam imagens de seus netos.
Isso indica que as avós tendem a sentir as mesmas emoções que seus netos, seja alegria, tristeza, euforia ou dor, o que pode resultar, por exemplo, em um cuidado mais direcionado às necessidades da criança.
A experiência para a formação comportamental
De acordo com Dr. Fabiano, a convivência com os avós durante a infância ajuda as crianças a ampliarem suas perspectivas sobre a vida.
“Os avós, justamente pela sua experiência de vida, oferecem à criança um suporte importante para ter perspectivas diferentes sobre a vida e desenvolver habilidades importantes como empatia, respeito, desenvolvimento cognitivo e capacidade prática”.
“A verdadeira inteligência se reflete de verdade nas ações. Valorizar os idosos é uma escolha sábia, pois nos permite aproveitar seu conhecimento e experiência enquanto ainda estão conosco. Cada momento com eles é precioso e não deve ser desperdiçado”, afirma Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
*DA REDAÇÃO RH. Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros.
Foto de Holly Landkammer na Unsplash
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