Alguns relacionamentos são como vício. Não do tipo bom, como beber dois litros de água por dia. São vícios tipo nicotina. Impregnam a mente, o juízo, a razão. A pessoa sabe que não devia, mas vai. Sabe que vai dar “merda”, mas tenta. Sabe que vai se machucar, mas arrisca.
Não está dando certo, só sobram problemas e feridas, mas é um vício, impossível resistir. “Macumba”, como diz Rita Lee.
Então você põe um fim. Chega de sofrer, chega de chorar, chega de implorar. Mas quem disse que o corpo desintoxica? Você acorda e torce para o telefone tocar só para ter o prazer de desligar na cara dele_ mas o telefone não toca. Você espera pelo menos um whatsapp só para responder com bastante raiva_ só que o whatsapp DELE não chega.
Então você pensa em ligar_ se segura_ “só por hoje” não ligo, não mando mensagem, fico invisível no msn, não fuço o perfil no facebook. Mas a madrugada é mãe das recaídas e ao voltar do barzinho onde bebeu todas, pega o telefone e digita o fatídico número. “O que é que tem, até ontem ele me amava…”
Porém o cretino nem lembra mais da sua voz, e quando se dá conta diz: “Ah! É você?” … Silêncio do outro lado. Você desliga e chega à conclusão que perdeu o juízo, quer morrer, tomar chá de pirlimpimpim e ir pra outra galáxia, voltar a ser feliz… Por que eu liguei meu Deus? Arrependida jura nunca mais cair no vício.
No dia seguinte reza: “Deus me livre e guarde de você”… Porque como dizia um amigo meu: “A carne é fraca e o espírito, vagabundo”
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