Foram tantas as dores que carreguei nos ombros e ninguém ofereceu-se para me ajudar. Tantas pessoas disseram que não ia dar certo aquele meu sonho de ser quem eu realmente queria ser, e novamente, ninguém estava ao meu lado para me dizer que tudo iria dar certo. Tantas foram as vezes em que fracassei e derramei inúmeras lágrimas por não acreditar em mim, mas novamente, não havia ninguém por perto para me dizer que tudo ia ficar bem.

Chorei baixo!

Gritei tão alto!

Xinguei o mundo!

Agredir a minha alma!

Duvidei das minhas palavras!

Desacreditei do meu próprio coração.

Tempos depois…

Sentei-me nas areias de um bonito e calmo horizonte alaranjado e fitei as estrelas.

Tão belas e cintilantes em meio a toda aquela imensidão escura.

Quanta metáfora!

Pensei.

Percebi naquele momento que mesmo a mais profunda escuridão que existe por aí afora, pode ser vencida por um simples frasco de luz.

Então selei os meus olhos e agradeci a Deus naquela noite na esperança de que tudo ficasse bem amanhã de manhã.

Enquanto o sol nascia no horizonte alaranjado trazendo o seu brilho refletido sobre os meus olhos, Deus continuava me escutando após horas e horas dentre nossos diálogos particulares. E eu achara aquilo incrível.

Deus tinha tantos problemas para resolver, tantas pessoas para escutar, mas mesmo assim, naqueles longos e profundos instantes, ele decidiu escutar as minhas contrariedades e insistiu em me ajudar a reconstruir o meu mundo.

Quanto amor!

Pensei.

Mais uma vez então eu olhei para o céu, observei as estrelas e pensei comigo:

Cara, Deus não existe.








Apaixonado pela poesia feminina. Acredito fielmente que o amor seja o infinito que resolveu morar no detalhe das palavras. Muito prazer, eu me chamo Pedro Ficarelli, e escrevo com o único intuito de pôr palavras onde a tua dor se faz insuportável.