Dietas a base de vegetais protegem o cérebro do Alzheimer, diz neurocientista.
Muitos, talvez não saibam que, a alimentação é importante para prevenção e controle de Alzheimer.
Ainda não existem conclusões científicas efetivas sobre a causa do Alzheimer, o que se sabe é que a condição, mais comum em idosos, é uma doença degenerativa que compromete funções cerebrais importantes, como a memória, comportamento e personalidade, capacidade de aprendizado, compreensão, orientação e atenção.
Seu tratamento se baseia em estratégias para retardar a degeneração cerebral e controlar sintomas, a doença ainda não tem cura.
No entanto, existem fatores que podem contribuir para prevenir e amenizar os sintomas em pessoas já acometidas pela doença, como demonstro em meu artigo “Processo de nutrição para prevenção e acompanhamento de doentes em Alzheimer” publicado pela Revista Multidisciplinar de Ciência Latina. Nele, explico como a nutrição pode frear ou mesmo evitar o desenvolvimento da doença.
Desnutrição e o risco em pessoas com ALzheimer
A desnutrição é um fator de risco para pessoas com Alzheimer podendo causar até mesmo a morte prematura do paciente, ao passo que, a nutrição adequada, é um dos fatores capazes de controlar o avanço da doença.
Nutrição e prevenção de Alzheimer
A alimentação desempenha um importante papel na saúde como um todo, mas alguns estudos ressaltam seu papel na prevenção de doenças degenerativas, como o Alzheimer, e pontuam a importância de incluir na dieta, hortaliças, frutas e peixes com ômega 3.
Muitos especialistas também destacam duas dietas que ajudam a fortalecer e proteger o cérebro: a dieta mediterrânea e a dieta MIND.
Dieta mediterrânea: Dá preferência à ingestão de alimentos frescos e não inclui alimentos industrializados e ultraprocessados, apenas frutas, legumes, frutos secos, cereais integrais, sementes e peixes estão liberados.
Dieta MIND: Criada por cientistas especificamente para proteger o cérebro e evitar doenças neurodegenerativas, ela se baseia em alimentos vegetais, reduzindo a ingestão de alimentos de origem animal, estimulando o consumo de vegetais, folhas verdes, frutas vermelhas, grãos integrais, alimentos ricos em antioxidantes e em flavonoides.
Nutrição e o avanço do Alzheimer
Pessoas atingidas pelo Alzheimer sofrem com situações que dificultam a alimentação adequada, como disfagia – dificuldade de deglutição, esquecer de se alimentar, movimentos das mãos, dificuldade de abrir a boca e desconfortos na boca.
Mas é preciso utilizar técnicas para contornar essas dificuldade, pois a nutrição desempenha um papel primordial em todas as etapas de enfrentamento da doença, fortalece o corpo e melhora o bem-estar do paciente.
Por isso, prefira alimentos naturais e de mais fácil mastigação. Em dietas líquidas ou pastosas é essencial a suplementação.
Em casos mais graves, a alimentação por sonda é a única opção para a alimentação, para isso é preciso cuidados de uma equipe multidisciplinar para monitorar a situação constantemente, e acompanhar o ganho de peso que, nessa situação, é mais lento.
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]