Dormir bem pode ser mais importante que se alimentar bem, diz neurocientista.
Dormir é de extrema importância para o bem estar do ser humano. A privação de sono afeta diretamente a sua qualidade de vida e tem consequências nefastas como:
1) O aumento da ansiedade;
2) A dificuldade de aprendizagem e memorização;
3) O desequilíbrio hormonal e alterações metabólicas;
Dormir é mais importante do que a alimentação em muitas situações. A saúde é mais afetada quando passamos uma noite sem dormir do que quando ficamos um dia sem comer.
Dormir bem é como se fizéssemos um reset no cérebro. É o momento em que ele se aprimora, fazendo, inclusive, uma limpeza necessária para repor as nossas energias.
Quando dormimos, por mais que pensemos que o cérebro desliga totalmente, ele está ativo, processando as memórias e os acontecimentos que vivemos ao longo do dia.
Enquanto estamos dormindo, o nosso organismo faz reparos celulares com oxigênio, glicose e a limpeza de dejetos. Se não dormimos bem as reações dos órgãos a estímulos e instruções ficam debilitadas.
Um exemplo é a adenosina, que tem importante função na regulação de importantes mecanismos no SNC (Sistema Nervoso Central) e no sono. Quando o sono é deficiente, ela se acumula e intoxica o sangue, diminuindo o ritmo e a produtividade da pessoa nas horas que ela passa acordada.
A falta de sono ou da qualidade dele está muitas vezes associada a outras doenças.
O défice de sono tem sido associado com o maior risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares e depressão.
Ter boas noites de sono acarreta uma série de benefícios tanto físicos como mentais.
Uma boa rotina noturna não só mantem a boa imunidade, como também melhora a concentração, memória, humor, criatividade, disposição e controle do estresse.
Quanto devo dormir para permanecer saudável?
São necessárias de 7 a 8 horas de sono, dependendo do organismo, e da genética.
Privar o sono pode resultar em inúmeras doenças como:
Disfunção dos neurotransmissores: prejudica o humor e pode causar os mesmos sintomas da depressão;
Doenças provenientes do sistema imunológico debilitado, ou até danos cerebrais.
Uma noite perdida, está para sempre perdida.
Há quem pense que compensar o sono, resolve. Mas isso não é verdade já que, a noite é feita para dormir e não o dia. Explico: a melatonina é relativa ao escuro e à serotonina relativa à luz. Para compensar uma noite mal dormida, devemos dormir diversas outras noites bem dormidas para regular o ciclo circadiano.
Dormir é um dos pilares para uma saúde sustentável, para o bem estar físico e mental.
O resultado de noites mal dormidas é a disfunção em nossos neurotransmissores, descontrolando assim todo um processo biológico responsável por nossa saúde e bem-estar geral.
Acarretando em doenças diferentes em vários períodos da vida, causando envelhecimento precoce e levando à morte prematura.
Ouvimos queixas constantes de pessoas que simplesmente não conseguem ter uma boa noite de sono. Por vezes, pequenas mudanças de hábitos podem ajudar muito.
Passear ao ar livre, caminhar, não usar celulares ou outros dispositivos eletrônicos uma ou duas horas antes de se deitar, escolher ambientes calmos e com pouca luminosidade, fazer uma leitura, uma meditação, ou um relaxamento guiado momentos antes de dormir também são sempre uma boa ajuda para melhorar a qualidade do sono.
Coloque “ter uma boa noite de sono” no topo da sua lista de prioridades para que você tenha uma melhor qualidade de vida!
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: [email protected]
*Foto de juan garcia no Unsplash
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