De acordo com o El País, o filme ‘Dunkirk’ faz sucesso, mas também causa polêmica, já que incomodou os franceses por seus ‘esquecimentos’ históricos.

A narrativa dramática chega a prender a gente no sofá. E olha que, muitas vezes, a realidade parece ser ficctícia de tão impressionante.

Para grande parte da crítica especializada, Dunkirk, é O MELHOR FILME DE CHRISTOPHER NOLAN DESDE ‘O CAVALEIRO DAS TREVAS’.

“Uma das histórias que mais me impressionou foi a de um veterano que me contou que as pessoas entravam andando na água”, escreveu Christopher Nolan ao jornal The Telegraph.

O diretor de Amnésia e Batman: O Cavaleiro das Trevas conseguiu reconstruir a desesperadora espera do Exército Britânico e o milagre de seu resgate, um dos episódios mais fascinantes e fundamentais da Segunda Guerra Mundial.

Históricamente, mais de 330.000 soldados foram salvos daquela ratoeira, graças à Marinha de seu país, a mobilização de centenas de embarcações civis e a ordem dada pelo próprio Hitler de parar o ataque contra Dunquerque, um mistério que ainda intriga os historiadores.

O filme entrou para o ranking dos mais vistos e já é o quarto maior sucesso de bilheteria da história sobre a Segunda Guerra Mundial.

A fotografia e o retrato realista ganhou o coração dos críticos das revistas mais prestigiadas do mundo – é “uma obra prima”, escreveu a The Hollywood Reporter e a The Atlantic –, “mostrou a Hollywood que é possível outra superprodução e gerou debates, tanto de cinema como de história”.

“Não quis me prender nos assuntos políticos. O problema também não é quem são, serão e de onde vêm os personagens. A única questão que me interessava era: Eles sairão dali?”, afirmou o diretor.

Esse filme é para quem gosta de tiros e bombas porque quase não se escuta outra coisa, os diálogos são poucos e os barulhos, são muitos.

Criticas negativas quanto o teor hisórico foram feitas por jornais franceses. O Le Monde e o Le Figaro o acusam de menosprezar o papel das tropas francesas em proteger a retirada dos britânicos. Os franceses, além disso, foram os últimos a serem evacuados, e o Reino Unido esteve muito próximo de abandoná-los.

José Miguel Sales Lluch, autor do livro A Segunda Guerra Mundial no Cinema percebeu que o filme não inclui um só soldado alemão e “poderia ter se aprofundado mais em por que Hitler deteve seu ataque”, afirma . Também não são vistos africanos e indianos entre as tropas aliadas, apesar de sua presença ter sido fundamental na resistência. Apenas duas mulheres falam em todo o filme.

No geral, Nolan é acusado de perpetuar o lado ocidental que branqueia toda a história e a escreve de seu umbigo.

Entre críticas positivas e negativas, é melhor tirar as próprias conclusões e buscar entender o que o mundo não deve fazer para o que ficou na história, não volte a se tornar real nos dias atuais.

Chega de Guerras! Precisamos de paz! Esse filme mostra para todos nós o que não queremos mais viver.

*DA REDAÇÃO RH

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