Tem um sábio provérbio popular, que diz: “Quem tem telhado de vidro não atira pedras ao do vizinho”. Ou seja, todos possuímos as nossas fraquezas, então, não devemos julgar os outros, porque eles também podem nos cobrar.
Os falsos moralistas são aquelas pessoas que defendem condutas severas diante da sociedade, fingindo serem indivíduos de caráter ilibado. Pessoas assim são “expert” em julgar os outros segundo a aparência, negando em perceber a essência das pessoas ou sentir os fardos que elas carregam em suas vidas.
Esses moralistas cometem erros obtusos em julgar de forma precipitada a tudo e a todos, já que, às vezes, eles estão vivendo uma vida repleta de ressentimentos. E mesmo assim insistem em julgar a vida de outrem, deixando de cuidar das suas próprias vidas.
Aqueles que julgam os demais – é porque enxergam muito a vida dos outros – e não olham nada na sua existência, muitos menos reparam os seus erros ou acertos. Aliás, são pessoas descontentes consigo mesmas, que buscam espiar os defeitos da vida alheia, pois se tornam incapazes de satisfazer-se de modo pleno.
Tem um sábio provérbio popular, que diz: “Quem tem telhado de vidro não atira pedras ao do vizinho”. Ou seja, todos possuímos as nossas fraquezas, então, não devemos julgar os outros, porque eles também podem nos cobrar.
Isso me faz lembrar, o que a minha saudosa mãe falava:
Aqueles que têm filhos não podem falar mal dos filhos dos vizinhos.
As avaliações falhas, geralmente, têm uma tendência parcializada, uma vez que quando se refere ao julgamento moral, as coisas ficam mais difíceis, visto que algumas pessoas levam em conta a severidade moral das instituições sociais que fazem parte. Além disso, existem os moralistas que são influenciados pelos julgamentos da mídia sensacionalista.
A psicanálise nos mostra que uma das origens dos sofrimentos mentais e físicos é o rigor excessivo do superego, ou melhor, de uma moralidade autoritária, que produz um ideal do ego irrealizável, julgando aqueles que foram bem-educados para enfrentar a rigidez controlada e limitada do ego.
Na maioria das vezes, comportamentos que a moralidade julga imorais são acionados como mecanismos de autodefesa dos sujeitos, que os utilizam para proteger a sua estrutura psíquica, que pode estar sendo ameaçada, de modo real ou ilusório. E se forem atitudes ou costumes reprováveis, mas que podem ser no ponto de vista psicológicos necessárias.
A nossa psique é um campo de luta inconsciente no centro dos desejos e censuras. O id ignora as demarcações da sociedade, enquanto o superego apenas reconhece os seus obstáculos. Assim, o vitorioso, o id é a agressividade que machuca os outros, mas o ganhador, o superego é hostilidade que oprime o sujeito. Nessa situação, quando alguém julga moralmente pode estar aprisionado entre a violência do id e do superego.
O ser humano é um projeto decididamente inacabado, que está em processo de construção. O que somos, hoje, servirá como matéria-prima do que seremos amanhã.
Em vista disso, temos que ter a serenidade de retornar para dentro de nós, para consagrar-se de humildade e misericórdia ao julgar o próximo.
Afinal foi isso que Jesus nos ensinou, que não devemos julgar as outras pessoas para que não sejamos também julgados. Ele viveu em uma sociedade repleta de falsos moralistas e os repreendia: “Deixe-me tirar o cisco do seu olho quando você mesmo tem um tronco no seu próprio olho?
Tire primeiro o tronco que está no seu olho e então verá muito melhor para tirar o cisco do olho do seu irmão.