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É melhor saber que alguém não gosta de mim do que me enganar com quem finge gostar

É melhor saber que alguém não gosta de mim do que me enganar com quem finge gostar.

Eu não esquento a cabeça com quem não gosta de mim. Fico é esperto com as pessoas que dizem gostar de mim, porque sei que, dentre elas, algumas fingem o que não sentem.

Perdemos tanto tempo com o que não interessa, com o que nada traz de útil. Uma dessas perdas de tempo é a preocupação com a possibilidade de não agradarmos alguém.

Como se fosse possível conseguir ser unanimidade. Como se pudéssemos agir de uma maneira que não desagradasse ninguém.

Na verdade, cada pessoa tem a própria forma de reagir ao que lhe acontece, de acordo com o que acumulou dentro de si com as experiências de vida que passou.

Cada pessoa, por isso mesmo, é única e terá opiniões próprias a respeito da vida e das pessoas ao seu redor.

Um mesmo acontecimento pode refletir de inúmeras maneiras na vida de indivíduos diversos. O que, para uns, pode ser traumatizante, para outros pode ser irrelevante.

E isso pode ser exemplificado nas famílias, cujos filhos crescem diferentes uns dos outros, mesmo passando pelas mesmas experiências.

Os sentimentos das pessoas também costumam lidar de uma forma peculiar com o que vem lá de fora. Não podemos, por isso, exigir que o outro se sinta exatamente como nós frente aos acontecimentos.

O outro não reagirá como você. O outro não pensará como você. O outro não gostará das mesmas coisas que você.

Com isso, torna-se claro o quanto é inútil ficar analisando a forma como as pessoas reagem ao que somos.

Logicamente, não poderemos agir sempre como quisermos, nem falar tudo o que pensamos, afinal, enxergar o próximo é necessário à convivência.

Porém, ficarmos cheios de neuras, pensando se fulano gosta de nós, se sicrano entendeu o que falamos, se beltrano está diferente conosco, apenas nos tirará a paz.

Mais útil do que se preocupar com quem não gosta de você é ficar atento com quem fala que gosta, mas finge.

Tem gente que é dissimulada e se aproxima para conseguir armas para nos derrubar. Eu não esquento a cabeça com quem não gosta de mim.

Fico é esperto com as pessoas que dizem gostar de mim, porque sei que, dentre elas, algumas fingem o que não sentem. Nada pior do que falsos amigos.

*DA REDAÇÃO RH. Foto de Omar Lopez no Unsplash

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Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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