Pare de ser disponível, coloque-se como prioridade, pare de querer atender aos desejos e necessidades do outro. Está cansado? Não vá. Não quer? Não faça. Não se sacrifique.
Às vezes, confundimos as coisas e nos esquecemos de que não precisamos nos anular para amar o outro e muito menos para receber amor.
Dizer “não” para os outros também é se amar. Você não precisa ser disponível sempre.
Quem ama sua disponibilidade não ama você necessariamente. Não quer? Não vá. Não consegue fazer? Não faça. Pare de se desdobrar em mil para ser disponível, para ser aceito, para ser amado. Quem nos ama de verdade entende que nem sempre podemos ir, podemos fazer, podemos estar presentes. Quem nos ama de verdade entende que temos lá os nossos dias ruins e que, quando falamos que não dá, é porque não dá.
Amar não é aceitar tudo. Vá com calma com você mesmo, aprenda a dizer “não”, isso é libertador, você vai ver.
É muito desgastante saber que é preciso ultrapassar os nossos limites, ser sempre disponível e aceitar tudo para que alguém nos ame. Amar alguém também é dizer “não”, é afirmar que não se pode fazer determinada coisa, e tudo bem. Quem emburra ou se distancia quando você não pode atender a uma necessidade, mesmo diante de tantas coisas a que você já se dispôs a fazer não merece a sua dedicação.
Não se culpe, pois isso não é ser amado, é ser útil, e há uma enorme diferença nisso.