“É possível reorganizar as funções cerebrais para evitar a disfunção mental, diz neurocientista
Essa importante região do cérebro regula comportamentos sociais e é possível reorganizar as suas funções para promover a saúde mental.
O córtex pré-frontal representa um avanço evolutivo fantástico, foi a última parte do cérebro moderno a se desenvolver e é considerado a região cerebral que nos torna “mais humanos”, ela é responsável pelas chamadas “funções executivas”, como planejamento, racionalidade, tomada de decisões e controle de pensamentos.
Ele é essencial para a vida em sociedade, pois é o responsável pelos “freios sociais” que permitem um bom convívio, sendo também muito importante para uma boa saúde mental, é sobre isso que trago no meu artigo “Córtex pré-frontal: A inteligência orquestra a vida e determina o comportamento e personalidade”.
Como a neuroplasticidade beneficia o córtex pré-frontal
Na pesquisa eu exemplifico o importante papel dessa região do cérebro na sociabilidade, na saúde mental e demonstro o papel importante de exercitar o cérebro e os benefícios da neuroplasticidade para o córtex pré-frontal.
Um caso citado no artigo é o de Phineas Cage, um jovem que sofreu um acidente trabalhando em uma ferrovia, onde uma haste atravessou o lado esquerdo do seu rosto, o que destruiu grande parte do seu córtex pré-frontal esquerdo.
Após o acidente, a personalidade e o comportamento dele mudaram drasticamente, apresentando mudanças bruscas de emoção, pouca estima pelos amigos e o uso recorrente de palavrões – o que não era seu costume, apesar desses efeitos, com o tempo o comportamento de Cage foi melhorando devido à neuroplasticidade.
A neuroplasticidade consiste na reorganização das áreas do cérebro para suprir necessidades cognitivas, moldando suas regiões para executar novas tarefas de acordo com a necessidade.
O caso demonstra que mesmo após graves danos no córtex pré-frontal, o cérebro pode se recuperar, mesmo que parcialmente, isso nos abre a oportunidade de amenizar sintomas ou prevenir doenças mentais relacionadas a essa área do cérebro.
Como estimular a neuroplasticidade cerebral
Devido à suas funções ligadas a processos cognitivos emocionais, controle de impulsos, noção de consequências, concentração e racionalidade, essa região cerebral está fortemente relacionada com algumas disfunções mentais, por isso exercitá-la é uma ótima forma de preveni-las.
Ao contrário do que muitos pensam, estimular a neuroplasticidade cerebral não é um processo complexo que exige necessariamente o acompanhamento de um profissional.
Em alguns casos, apenas a adoção de novos hábitos já é o suficiente para estimular o cérebro e promover a saúde mental.
1) Inclua na sua rotina uma leitura diária.
2) Pratique exercícios físicos regularmente;
3) Saia da sua zona de conforto, faça tarefas e atividades diferentes;
4) Tenha um sono de qualidade;
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: deabreu.fabiano@gmail.com
*Foto de Joshua Fuller no Unsplash
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