Todos os dias passamos por situações que trazem à tona o famoso pensamento: “o que mais pode acontecer?” E, na maior parte das vezes, acontece tudo aquilo que nós mais temíamos. Nunca paramos para pensar que aquela situação – que até então era temida – pode ser um belo presente, e sim, contribuir para melhorar muito algo.
Comecei a prestar atenção nesse ponto de vista por causa de uma amiga que me disse inúmeras vezes o quanto eu tratava como tragédia/drama situações que poderiam ser visualizadas como presentes, algo como: mas é nessa porta trancada que eu quero entrar, não em outra.
E muitas vezes, por pura teimosia – e ponto de vista –, insistimos em “portas” trancadas, quando ao lado existe outra, destrancada e totalmente livre para circulação.
Como pode melhorar mais? Como pode melhorar mais? Como pode melhorar mais? Como pode melhorar mais? Como pode melhorar mais? Como pode melhorar mais? Como pode melhorar mais?
E assim, como um mantra, trato de olhar para situações que se apresentam num ponto de vista completamente diferente do que eu gostaria, de maneira mais positiva e muito mais aberta para desvendar os aprendizados e possibilidades.
O engraçado disso tudo é que, nessa brincadeira de fazer perguntas, encontramos boas respostas, aquelas que muitas vezes nem imaginávamos. Aí está a graça: olhar de diversos pontos de vista para uma mesma situação faz com que nossas decisões sejam tomadas de maneira mais consciente e, por que não, empática?
Tal pergunta também me despertou novamente o questionamento sobre controle. O que eu tanto quero controlar?
Por que, inevitavelmente, eu preciso que tudo saia do jeitinho que imagino? Se fizéssemos mais perguntas, teríamos inúmeras – e não apenas uma – respostas.
Precisamos rever urgentemente o nosso senso de consciência e questionar mais, não os outros, mas nós mesmos. Vivemos questionando sistemas e crenças alheias, o que não deixa de ser válido, mas não é o principal. Continuamos sem perceber que o que realmente importa são as nossas escolhas e crenças.
Lembrando sempre que tudo não passa de um ponto de vista, um ponto de vista que sempre pode melhorar – e mudar.