As brigas dos casais vêm do nada, geralmente, por motivos banais, acirrando as queixas, que não têm prazo para acabar. Nessas horas a raiva toma conta das brigas, criando um clima desgastante nas relações matrimoniais, que convertem os casais em adversários, que precisam se defender uns dos outros, o tempo todo. Essas brigas deixam marcas indeléveis, pois brigar desgosta e aborrece, incitando para o término da relação.
Por isso, que a música “Entre tapas e Beijos” faz sucesso, porque canta as aflições – que as brigas produzem nos casais. Diz a letra, no segundo estrofe: “Hoje estamos juntinhos. Amanhã nem te vejo. Separando e voltando. A gente segue andando. Entre tapas e beijos.” Ou seja: um ciclo masoquista de acusações e ofensas mútuas, num clima doido de tapas e beijos.
As cenas cômicas de “meu bem, meu mal” entre casais – só dão certas nas novelas. Mas na vida real, não ocorrem assim, visto que tais comportamentos, possivelmente, foram herdados pelos casais dos pais na infância, que também podem ser imitadas pelos filhos na idade adulta.
As brigas, quase sempre, acabam envolvendo familiares e amigos, emitindo a ideia que tais casais estão juntos por obrigação social. Isso piora – quando as brigas ocorrem em público, foi o que ocorreu recentemente: um avião internacional, fez um pouso forçado no Aeroporto de Brasília, causado por uma briga de um casal de passageiros. O voo, com trezentos passageiros, foi adiado para outro dia.
Porém, os casais têm todas as condições de equacionar suas brigas, através do diálogo, no qual possam falar das coisas que machucam ou não gostam no relacionamento, dando espaço para se libertarem dos ressentimentos, que são a fonte dos sofrimentos físicos e emocionais da relação nupcial. Todos temos defeitos e devemos aprender a conviver com o diferente, sobretudo, numa relação matrimonial, seja ela heterossexual ou homoafetiva. Somos seres incompletos, sem a menor condição de viver – a falta de alguém que cuide de nós. Para isso, é necessário cultivar uma relação saudável, que permita o crescimento e o amadurecimento dos casais.
Existem atitudes que cultivam uma relação equilibrada, podemos citar alguns exemplos:
1. Falar com respeito numa discussão, é abertura para uma conversa tranquila;
2. Explicar como se sente numa certa situação que pode magoar, desarma os ânimos;
3. Escutar o outro para rever o próprio comportamento, mostra humildade;
4. Se estiver irado (a), deixe a conversa para depois, não tem o risco de perder a calma;
5. Ridicularizar a parceira (o) é errado, mesmo que esteja com raiva da pessoa.
Enfim, a paciência e o respeito são duas “chaves-mestres” para resolver os conflitos comuns na vida conjugal. Além disso, ajuda muito buscar apoio de psicólogos ou terapeutas de casais, que são profissionais sabedores dos métodos terapêuticos mais adequados, a fim de encontrar a cura das mágoas acumuladas pelas brigas dos casais.