Estamos vivendo a era do egoísmo! Que Deus nos acuda! Será que estamos nos fins dos tempos? O amor ao próximo não existe mais?

Quem nunca se sentiu desanimado com determinadas situações de injustiça?

Que canseira! Parece minar todas as energias a ponto de querermos ficar bem quietinhos até a turbulência passar.

A vida não para, não cessa, passa depressa demais, desfalecer diante dos desafios é uma péssima ideia.

A sociedade vive numa competitividade sem fim, onde cada um se preocupa apenas consigo mesmo e com seus próprios interesses e o pior, é capaz de utilizar todos as artimanhas necessárias para conseguir benefícios próprios independentemente de passar por cima dos outros, causando-lhes prejuízo ou dor.

O ser humano já carrega esse comportamento “egoísta” em seu DNA, o egoísmo existe desde os primórdios, e se remete à preservação da espécie, onde apenas os mais fortes conseguiriam sobreviver.

Será que estamos nos fins dos tempos, onde o amor ao próximo já não existe mais?

Será que podemos dizer que estamos na Era do Egoísmo e da superficialidade onde é cada um por si e que Deus nos acuda, ou se trata de apenas casos isolados e podemos contar com a solidariedade e a compaixão?

São tantos os questionamentos e uma infinidade de respostas diferentes, que mais atrapalham do que ajudam, fazendo todos se sentirem perdidos, sem saberem o que pensarem e como agirem num mar de perguntas sem uma única resposta certa.

Ao mesmo tempo que a Era da tecnologia chegou para facilitar nossas vidas, veio na contramão um bombardeio de informações, inclusive falsas, que fizeram com que naufragássemos no mar das incertezas e deterioração dos valores humanos.

Muitos estão perdidos entre o certo e o errado.

O certo de outrora se transformou no errado da atualidade e vice versa.

Ninguém mais sabe a diferença entre certo e errado.

Tudo é permitido e banalizou-se tudo.

Vivemos numa guerra mundial camuflada, com um leque enorme de divergências de pensamentos/atitudes e consequentemente ataques e defesas.

Como combater?

Vocês já ouviram falar: “olho por olho, dente por dente”?

Pois é!

É uma das frases feitas, mais repetidas pelo mundo e sua origem vem da Mesopotâmia.

Imagino que todos os profissionais da área do Direito se lembram de ter estudado esse princípio de justiça da Lei de talião do Código de Hamurabi.

Essa lei exigia que o agressor fosse punido com o sofrimento proporcional ao que causou na vítima.

É natural que todo o ser humano tomado pela raiva, queira fazer aquela vingança básica, que funciona como mecanismo de defesa.

A guerra desarmada e invisível aos olhos, onde os principais protagonistas e vilões se velam e camuflam sempre com segundas, terceiras, quartas intenções pode ser a pior das guerras, pois nunca tem fim, além de causarem feridas na alma, sempre reiteram-se e persistem por faltarem meios de provas suficientes para convencer, diante da subjetividade do livre arbítrio julgador, que também fica na dúvida e consequentemente o inocenta.

Nesses tempos difíceis é imprescindível o uso do escudo.

Sempre alerta, pois o inimigo está bem mais perto do que se possa imaginar transvestido de egoísmo.

E como nada na vida vem de graça não podemos permitir que nos tirem um pouco hoje, um pouco amanhã e um pouco depois, pois se deixarmos sairemos sem nada, com uma mão na frente e outra atrás, eles voltarão para tripudiar um pouco mais.

Foto de Iury Mariano no Unsplash

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Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.