Estou atravessando mais uma fase, mais um tempo guiado por Deus. Se alguns desejos se concretizaram, se alguns sorrisos saíram do fundo da alma tornando meus dias mais felizes, não me sinto derrotada, não me sinto entristecida pelas coisas que no fundo não deram certo, mas, que se definiram me mostrando o valor que possuo a alma que não se lamenta e a fé que descansa em mim.
Apesar da maturidade, dos descaminhos, de algum desencontro e da constante provação que recebo como teste de vida, acho que me saí bem.
Descarto qualquer possibilidade que não me permita crescer, descarto todas as promessas que ouvi e não se concretizaram, observando o presente que é estar presente na vida de quem não merece ser deixado (a) pra depois.
Estou redefinindo meus conceitos, sugerindo mais silêncio, menos culpa, e um profundo permanecer no que me mostra uma condição melhor de vida, sempre atravessando de mãos dadas com meu amor-próprio e a resiliência que plantou em mim a essência do continuar, sempre elevando minha gratidão em forma de prece e luz.
Nem o asfalto, nem as pedras, nem as coisas turbulentas que tentaram jogar em meu colo e que não aceitei, me farão desistir de chegar naquele sonho, naquele vale de paz, naquela demonstração de que me doí, mas que saldei alguns débitos internos diante dos aconselhamentos que recebi.
Quero sair de qualquer clausura e expor esse coração que não é de pedra sabendo que as passagens por vezes se fecham, mas que é preciso resistir e lutar.
Não quero amargura. Eu sei que Amar (cura).
Quero girar a manivela da vida sem procurar a mágoa, sem rastrear o caminho por vezes cheio de espinhos.
Há coisas que valem mais a pena. Há tropeços que direcionam, há verdades que de tão sinceras, destravam o peito de vez.
Os pés desistem, mudam o destino e seguem.
O olhar um dia vermelho se cura e para de se dar desculpas esfarrapadas sempre protelando resoluções difíceis.
Eu me torno mais um dia no instante da vida, dentro de mais um capítulo vivido.
Aprendi que breve é tudo aquilo que interrompe o que não é pra ser, mas que ensina numa velocidade ao qual nem sempre estou acostumada, onde me vejo sempre acreditando na permanência do bem, no respeito pelo próximo dentro da reciprocidade humana.
Deus não brinca em serviço.
Já me juntei muitas vezes. Voltei sem me sentir pior. Voltei sem me sentir inferior, voltei sabendo do recomeço a que me exigi.
Voltei abrindo os braços e recebendo o essencial para fortalecer meu mundo.
Que fiquem os bons, que fiquem os plenos, os românticos, os loucos que assim como eu não se diminuem por causa de ninguém.
Estou aqui porque preciso muito de mim, porque possuo uma história pra desenvolver dentro do que sou.
Nem sempre tudo fará sentido. Mas tudo será no tempo certo dentro da exatidão de Deus.
Creio em tudo que transforma e mobiliza a capacidade pessoal de perdoar e prosseguir.
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