Estudo revela que redes sociais, uso indiscriminado das telas e games, levam crianças e jovens a falta de empatia.
Como PhD em neurociências, tenho focado e desenvolvido os meu estudos em como como a tecnologia e o mundo digital podem afetar as crianças e jovens, tanto no seu comportamento como no seu desenvolvimento. Muitas pessoas dizem: “Fabiano, hoje em dia as crianças já nascem com um celular na mão, não tem muito o que fazer”.
Preciso deixar claro que, o meu intuito não é depreciar a internet ou a relação com as redes sociais que são a realidade do dia a dia das crianças e jovens, mais alertar para o prejuízo ao desenvolvimento cerebral, que o seu uso indiscriminado pode causar. Faço isso, para amenizar o processo de declínio da inteligência humana.
Como adultos, não podemos deixar de analisar as nuances que podem trazer prejuízos, não somente a nossa geração, mas as gerações futuras.
Em meus estudos, uma das consequências do uso desregrado da tecnologia, que pude observar, foi um processo de falta de empatia, em que se formatam falsas empatias, que justificam um coletivo de transtornos dramáticos causados pelo mau uso da tecnologia.
Poucos pais sabem, que não somente as redes sociais, mas o uso das telas e games, levam crianças e jovens a falta de empatia.
Os meus estudos indicam que, com base nos neurotransmissores, anatomia do cérebro, comportamentos e transtorno, comprovam a minha convicção, publicada já em 2018, que a internet está deixando as crianças e os jovens menos inteligentes, bem como, os adultos.
Isso se dá, pela forma como a tecnologia e o uso da Internet vem sendo administrada no cotidiano desses jovens, e as evidencias das alterações cognitivas, já percetíveis.
Posto isso, não se deve, como pai ou mãe, se colocar numa posição de veto e proibição, mas antes, trabalhar a ideia de esforço conjunto para compreender e minimizar os efeitos nocivos do seu mau uso.
A questão aqui não é, portanto, proibir os jovens e as crianças de acessar a internet e as redes sociais, mas sim, ensiná-los a utilizá-las de forma inteligente.
Esse ponto é o mais importante, orientar as crianças e jovens a optar por atividades que provavam a inteligência.
A inteligência é crucial para a saúde mental, para o desenvolvimento, e para a evolução de qualquer ser humano, Por conta disso, como neurocientista, tenho a obrigação de alertar os pais, quanto a necessidade de estabelecer limites no uso dessas ferramentas, com ações preventivas para que a capacidade cognitiva de seus filhos não seja afetada.
Se não houver um limite no uso dessas tecnologias, teremos que lidar em um futuro próximo, com adultos com capacidades deficientes, em termos de inteligência, e pouco empáticos. Acredito que, não é essa a realidade que desejamos viver no futuro.
Portanto, limite o uso das tecnologias para os seus filhos. Estabeleça um controle de horários e escolha atividades que sejam realmente importantes para o desenvolvimento cognitivo deles.
Caso contrário, haverá um declínio da inteligência, e será possível perceber neles, sinais de falta de empatia.
*DA REDAÇÃO RH. As informações contidas nesse artigo são de exclusiva responsabilidade do autor.
Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]
*Foto de Nicolás Flor no Unsplash
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