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Eu tenho medo mesmo é da maldade de certas pessoas!

Eu tenho medo da maldade das pessoas! Existem pessoas muito mais traiçoeiras e perigosas do que qualquer animal peçonhento.

Algumas pessoas têm medo de aranha, outras de morcego, muitas temem cobras.

Eu tenho medo mesmo é da maldade humana, da ruindade que habita certas pessoas.

Há indivíduos muito mais traiçoeiros e perigosos do que qualquer animal peçonhento. E o pior é que, na maioria das vezes, a gente não consegue perceber a natureza má da pessoa a tempo de nos defender.

Eu tenho medo da maldade, porque ela é capaz de destruir o que estiver pela frente, ela fere, ataca a reputação das pessoas, ela é escuridão.

Em tempos de internet, por exemplo, a maldade vem alcançando níveis absurdos.

Contas são hackeadas, mentiras são plantadas, golpes são feitos virtualmente.

Nem dá tempo de a vítima se defender e o público já a condena, caso tenha sido exposta de alguma forma. E pode ser tarde demais, quando a verdade vem à tona.

Eu tenho medo da maldade, porque ela nos pega desprevenidos, ela nos deixa sem ação, afinal, jamais esperávamos que alguém pudesse agir daquela forma. E, quando somos alvos da maldade, a gente se enfraquece de início, pois a perplexidade paralisa e deixa tudo meio nublado.

A maldade tem sua força exatamente no elemento surpresa, pelo fato de que quem a recebe esperava tudo, menos aquilo.

Ninguém está preparado para o mal do outro, a gente espalha coisa boa e espera o mesmo de volta.

É por isso que devemos sempre manter a bondade dentro da gente, haja o que houver, porque, mesmo que ela adormeça enquanto a nossa decepção se afogue em raiva momentânea, ela jamais morrerá, jamais se apagará.

E o melhor remédio contra a maldade alheia sempre será a força de tudo o que for bom em nós.

A bondade cria raízes fortes em nossa alma e, na hora certa, ela nos fortalece, para que tenhamos força para combater o mal.

Eu tenho medo da maldade das pessoas, mas não desisto da bondade.

Ainda acredito que as atitudes de amor são muito mais fortes e duradouras do que o contrário delas.

Ainda acredito que ajudar, acolher, doar-se e se colocar no lugar dos outros é o melhor que podemos fazer.

Por mais que nos peçam o nosso pior, manter a nossa luz acesa é o mais digno a se fazer.

Por mais que nos instiguem a pagar o mal com o mal, acredito que a resposta sempre será o amor.

A maldade ficará no outro e o amor reinará em nós.

*Foto de John Noonan no Unsplash

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Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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