Falar abertamente sobre a sua saúde mental diminui a incidência de novas crises, diz psicanalista.
A consciência da própria condição e a transparência de falar naturalmente sobre isso, são as chaves para alcançar a autonomia, segundo especialista em neurociências e psicanalista.
A importância de ter consciência sobre as próprias condições de saúde mental e de falar abertamente sobre elas é fundamental, não só para o diagnóstico, mas também para o manejo adequado de cada transtornon ou condição de saúde mental.
De acordo com Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que além de psicanalista é pós PhD em neurociências, especialista em genômica e diretor dos projetos RG-TEA e Neurogenomic, ambos voltados para pessoas com transtornos mentais e síndromes, não falar abertamente sobre seus sentimentos e emoções pode desencadear crises mais constantes. Mas o oposto acontece quando você consegue expressar o que se passa em seu interior. Essa autoexpressão se torna uma ferramenta essencial para o seu empoderamento pessoal, porque através dessa conscientização, você passa a fazer uma gestão eficaz da sua saúde mental.
“Ao falar abertamente você aceita buscar o nível de suporte necessário, e abre a porta para que outros também possam identificar seus transtornos e se encorajar a fazer testes e diagnósticos”, explica Dr. Agrela.
Segundo ele, entender a própria condição permite que tanto cuidadores quanto os próprios indivíduos decidam conscientemente sobre os melhores caminhos a seguir no tratamento e na gestão do dia a dia.
Como evitar novas crises
Dr. Agrela rexplica que o córtex pré-frontal do cérebro, especificamente a área dorsolateral, desempenha um papel crucial nas funções cognitivas superiores, incluindo autoconsciência, monitoramento interno, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva.
“Ao falar abertamente sobre os seus transtornos, você consegue acessar a clareza sobre na sua própria saúde mental e esse é um passo crítico, mas fundamental, para que você consiga avaliar as suas escolhas e comece a fazer escolhas melhores, mais informadas e responsáveis”, destaca o psicanalista.
A autoconsciência é a capacidade de reconhecer-se como um indivíduo único, com pensamentos, sentimentos e experiências próprias, e essa capacidade é fundamental para o manejo de qualquer condição de saúde mental.
Para evitar novas crises, Agrela indica que se faça um monitoramento interno constante, isso permite aos indivíduos perceberem suas próprias mudanças emocionais e cognitivas, o que é essencial para quem convive com transtornos mentais.
“Promover a transparência e a conscientização sobre a saúde mental não apenas melhora a vida daqueles que são diretamente afetados, mas também educa a sociedade sobre como apoiar efetivamente indivíduos com transtornos mentais ou síndromes. É através da consciência que tomamos as decisões mais acertadas para nossas vidas”, explica.
*DA REDAÇÃO RH. Foto de Mahdi Bafande na Unsplash
Sobre Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]
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