A única forma de se alcançar um estado de paz interior, que nos torne capazes de encarar os desafios da vida sem perder o eixo, é conseguirmos viver em total sintonia com quem somos.
Ao longo de nosso crescimento, enredamo-nos de tal modo na tarefa de fazer aquilo que esperam de nós, que quando nos damos conta, não sabemos exatamente qual é, de fato, a nossa verdadeira natureza.
A busca pelo conhecimento real acerca de quem se é, pode começar cedo, dar-se mais tarde ou, infelizmente para alguns, jamais acontecer. Estes, seguirão pela vida inconscientes acerca das inúmeras possibilidades disponíveis aos que ousam sair do lugar comum.
O autoconhecimento tem raiz numa vocação inata para a felicidade e, somente aqueles que a carregam, recusarão a rota conhecida para embrenhar-se na escuridão do caminho ainda não percorrido.
Alguns guias serão necessários no início, para que a jornada não se torne um caminhar errante. Afinal, como em qualquer viagem, aqueles que já a realizaram podem nos alertar acerca das armadilhas que nos esperam ao longo da jornada e fornecer instruções para que possamos superá-las.
Apesar das dificuldades, quando nos dedicamos com perseverança ao exercício da auto-descoberta, os resultados, em algum momento, aparecerão. Aos poucos vamos descobrindo o que gera em nós um entusiasmo genuíno, não apenas uma alegria momentânea, artificial, fomentada por ilusões exteriores.
Manter-se alerta acerca dos próprios sentimentos e jamais traí-los, seja porque motivo for, é a chave para a construção da autenticidade, ou seja, o respeito absoluto por nosso verdadeiro ser.
“Tornar-se quem se é significa trans-valorar os valores, escolher outros, novos, brilhantes. Encontrar um modo de vida propício ao aumento de suas próprias forças vitais….não ter mais nenhum senhor além de si mesmo”. Nietzche.