Sempre tive muita curiosidade em entender como funciona o cérebro dos homens e das mulheres e porque reagimos tão diferente para coisas, aparentemente, iguais. Quando me deparei com esse filme, “A Química do Amor”, zapeando na Netflix, pensei que tinha achado, enfim, uma agulha no palheiro. E não é que eu achei!
Uma neurocientista famosa que dedica a sua vida a estudar as diferenças dos cérebros femininos e masculinos e busca saber como a nossa neurologia primitiva, afeta, e as vezes, sabota, os nossos relacionamentos.
Depois da obra de Louann Brizendine que escreveu ‘The Female Brain’ e ‘The Male Brain’, estudos sobre os comportamentos de homens e mulheres a partir de suas respectivas diferenças hormonais, não sei dizer se o filme foi baseado neles, mas tem muito de neuropsicologia, ou seja, o estudo das relações entre o cérebro e o comportamento humano.
Já o elenco inclui nomes de peso, como Sofia Vergara (‘Modern Family’), James Marsden (‘X-Men’ e ‘Westworld’), Cecily Strong (‘Caça-Fantasmas’). Escrito, dirigido e estrelado por Whitney Cummings (criadora de ‘2 Broke Girls’).
A produção não passou pelo circuito comercial dos cinemas brasileiros e estreia diretamente na Netflix.
História
A trama começa com Julia (Whitney Cummings), palestrando em um evento importante. Ela conta qual motivo a levou a pesquisar o funcionamento do cérebro das mulheres, e dos homens.
Diz que algumas convenções aceitas socialmente, que se referem ao comportamento de um ou de outro, a fizeram querer se aprofundar mais no assunto.
Por escutar sempre afirmações do tipo: “Mulheres são loucas”, “Homens são idiotas”. “Mulheres são obcecadas por casamentos”, “Homens são obcecados por se#o”. Esses esteriótipos fizeram com ela resolvesse entender como funciona os dois cérebros.
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Por já ter estudado diversos casais durante a sua carreira, ela acredita que consegue produzir todos os hormônios que necessita sozinha, sem a ajuda de homens, e acaba se tornando bem engraçada.
Mas determinada a resolver a guerra dos sexos, arrisca sua própria felicidade para provar que a ciência explica tudo.
Sabe aquela máxima ” Os Homens são de Marte e as Mulheres são de Vênus? Pois é, são essas diferenças que ela tenta manter sob controle com a ajuda da neurociência e da neuropsicologia, e durante os estudos, também foca nos traumas emocionais, e como fazer para desencadear reações favoráveis no cérebro, que possam combatê-los.
Papo sério que pode minimizar conflitos entre os se#os
A Química do Amor traz a tona uma conversa muito séria, mas foi produzido de maneira descontraída, espontânea, para poder traduzir assuntos científicos, aparentemente, difíceis de serem compreendidos, em situações cotidianas que nos mostram a real diferença comportamental entre os gêneros.
Motivo pelo qual, homens e mulheres possuem personalidades tão diferentes: o cérebro.
Percorrendo as experiencias dos casais que são exemplos na trama, a cientista “entra” linkando as ações atuais dos personagens com os traumas intrauterinos ou mesmo de infância que os desencadearam.
Conta que crianças que foram expostas a estresse materno durante a gestação ficam viciadas em substancias químicas no útero.
Quando crescem, essas crianças se tornam mais ansiosas e com mais adrenalina. O termo cientifico para isso é “impressão epigenética”, mas o filme chama de: “SE TRANSFORMANDO NA MINHA MÃE”.
Isso comumente acontece quando se tem problemas com o pai, a criança cresce, e vira a “rainha do drama”. E passam a buscar mecanismos de fuga que possam acalmar seu sistema nervoso simpático para não se tornarem extremamente confusas e inseguras, mas na verdade são.
“A Química do Amor”, aborda as relações amorosas e os conflitos que são comuns na maioria dos relacionamentos. As diferenças dos cérebros de homens e mulheres que fazem com que, a grande maioria dos homens, sejam mais corajosos e confiantes, e a grande maioria das mulheres consigam identificar perigos mais facilmente. Fora outros tantos exemplos que o filme aborda!
Vale a pena assistir!
Imagem de capa: Reprodução
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