O aparecimento da COVID-19 provocou uma grande alteração nos hábitos humanos, devido ao confinamento social a que muitos de nós fomos obrigados (e bem) para evitar uma maior proliferação daquela que já foi considerada uma das doenças mais mortais do século XXI, tendo provocado mais de 370 mil mortes em todo o Mundo.
Esplanadas que antes estavam cheias de pessoas, de repente ficaram vazias; ruas que se apresentavam sempre amontoadas de gente a passear, de um momento para o outro ficaram desertas, e o contacto humano passou a ser feito apenas por videochamada ou através de vidros de janelas.
Contudo, este afastamento social não foi só sentido por nós, humanos, mas também pelos animais que estavam habituados a ser agraciados com a nossa companhia, como é o caso de alguns golfinhos que são presença habitual no “Barnacles Cafe & Dolphin Feeding”, na baía em Tin Can Bay, na Austrália que, ao deixarem de ser visitados e presenteados com petiscos pelos clientes do estabelecimento, começaram a trazer presentes, como corais, crustáceos e até garrafas do fundo do mar, para tentarem receber os seus mimos de volta.
De acordo com uma publicação efectuada pela página do Facebook “Factos Desconhecidos” no passado dia 31 de Maio, um voluntário que ajuda a manter o café a funcionar e a dar um pouco de atenção a eles, afirmou que “uma golfinho fêmea chamada “Mystique”, de 29 anos, é a que mais traz presentes, e toda vez que aparecem tentando chamar atenção e agradar, ele lhes dá peixinhos como recompensa.”
É de salientar que nenhum destes animais recebeu qualquer tipo de treinamento para o contato humano e que se encontram livres, sendo que a aproximação que eles têm com os humanos é por sua própria vontade.
No entanto, Barry McGovern, especialista em golfinhos esclareceu um ponto:
“Eles provavelmente não estão sentindo falta dos humanos. Estão sentindo falta da comida grátis e da rotina.”
Imagem de capa: Facebook / Barnacles Cafe & Dolphin Feeding