Digo isso por que há pessoas que eu conheço que se veem mais do que outras. E há pessoas que têm uma ideia de si inteiramente equivocada, entendendo como equívoco uma ideia única da pessoa sobre si, não compartilhada por mais ninguém ao redor dela.
Convivi a vida inteira com alunos, professores e colegas que têm de si uma ideia inteiramente diferente do que os outros pensam dessa pessoa, mas, isso não quer dizer que a pessoa esteja errada, porque ela sozinha pode estar correta e o mundo pode estar errado.
Volto à velha ideia do homem que, andando na contramão numa estrada, vê todos buzinando para ele e ouve no rádio que há um louco andando na contramão, e ele diz: um não, milhares de loucos andando na contramão.
Provavelmente, este homem, além de sua falta de senso de direção, é uma pessoa autocentrada e feliz.
Uma fábula indiana de que gosto muitíssimo narra que quatro cegos se aproximam de um elefante.
O primeiro cego, que nunca tinha visto um elefante diz, ao apalpar seu abdômen, que ele se parece com uma parede.
Outro cego diz que ele se parece com uma corda, ao apalpar sua cauda.
O terceiro diz que ele se parece com quatro colunas, ao apalpar suas pernas, e o último cego diz que o elefante se parece com uma espada, ao apalpar o marfim.
Todos os quatro têm razão e todos eles deram uma visão parcial do elefante.
A verdade não é a soma dos quatro, porque o elefante não é uma parede, corda, colunas e espada: é algo ainda além disso.
Eu não acredito na transparência. Porém, não acredito também que estamos condenados ao olhar opaco. Ao defender que não existe o olhar opaco, quero dizer que não estamos condenados ao narciso permanente de nós mesmos num espelho, como uma velha que pergunta ao espelho se haverá alguém mais bela do que ela, e que só aceita uma resposta ou ameaça quebrar o espelho, caso a resposta não seja aquela.
Você consegue perceber que algumas pessoas têm uma ideia de si completamente distorcida? Acredita que a ideia que você faz de si mesma (o) está correta?
*DA REDAÇÃO RH. FONTE: Palestra realizada em salvador, em 2018. Debate realizado entre Leandro Karnal o filósofo francês Gilles Lipovetsky.
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