Hoje me bateu uma saudade de nós, mas aí eu lembrei que não existe mais nós.

Fomos o que poderíamos ter sido um para o outro neste espaço de tempo de troca e experiência. E então fica a sensação de que o nosso destino se cumpriu. Aprendemos, vivemos, rimos, choramos, concretizamos alguns planos e outros ficaram como fio solto esperando nossas presenças para atá-los na realização. Mas agora, o que guardo são recordações, memórias de uma vida a dois.

Poderíamos ter sido tanto, mas fomos o que se realizou no propósito. O que era para ser talvez o tempo confirme, porque agora serei minha e de meu caminho que trilho acompanhada de meu amor próprio.

A separação não é algo fácil de ser encarado. Mas são escolhas dentro das possibilidades.

Resta apenas saudades do que tínhamos: cumplicidade, carinho, desejo, vontades… algo que foi colocado a perder quando você decidiu virar aquela esquina escura da traição.

Os olhos não enxergam o mal que fazemos aos outros, mas o coração de quem ama é tão iluminado que guia para a verdade.

Nada escapa de um coração que se expande com o amor.

Sorte e azar o meu.

Livramento e salvação.

Atitudes que contradizem às falas de amor.

Não dá para viver na bipolaridade.

Que os bons sentimentos fiquem e que a dor causada seja a mola que impulsiona para o crescimento , amadurecimento e expansão de minha alma.

Apesar de tudo , foi amor, e com ele, eu soube florescer.

Nada aqui morreu.

Ainda sou flor, ainda sou ser.








É jornalista, atriz e tem a comunicação como aliada. Escritora por natureza, tem mania de preencher folhas brancas com textos contagiados por suas inspirações.