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“Homem protege homem e a mulher “quase sempre” sai como culpada”. Concorda?

“Homem protege homem e a mulher “quase sempre” sai como culpada”. Concorda?

Uma Reflexão Necessária: A sociedade é um espelho que reflete nossas crenças, preconceitos e valores. Infelizmente, quando se trata de relações afetivas ou profissionais, a cultura que impera, muitas vezes, distorce a realidade e acaba colocando a mulher no papel de culpada, mesmo que ela tenha sido vítima. Por quê?

Por que, em muitos casos, o homem protege o homem e a mulher é deixada à mercê do julgamento? Existem pelo menos 5 motivos para que essa situação se perpetue e estão listados nesse artigo, mas vocês podem contribuir nos comentários com mais alguns:

1. O Peso das Expectativas Culturais: Desde que o patriarcado foi legitimado, as mulheres foram ensinadas a serem submissas, a cuidarem do lar e a não questionarem a autoridade masculina. Essa mentalidade perpetua a ideia de que a mulher deve suportar qualquer situação, mesmo quando vítima de situações perversas e cruéis.

Quando um homem comete algum ato que fere uma mulher e ela decide denunciar, essa mulher é frequentemente questionada, colocada na parede, geralmente por homens, mas também por outras mulheres, e a pergunta que mais ouvem é: “O que você fez para provocar isso?” ou “Por que não saiu antes?”.

2. A Cultura do Silêncio: A mulher que denuncia ou dá voz para algo ruim que um homem fez ou faz enfrenta um dilema cruel. Ela sabe que, ao revelar qualquer abuso, pode ser julgada, culpabilizada e até mesmo punida. O medo da rejeição social, da descrença e da revitimização é também um reforço para a manter em silêncio. Enquanto isso, o homem continua impune, protegido por uma rede de conivência masculina.

3. A Inversão de Valores: A inversão de valores é evidente quando a mulher é vista como a responsável pelo comportamento do homem.

“Ele não consegue se controlar”, dizem alguns amigos. Mas essa mentalidade perpetua a ideia de que o desejo masculino é incontrolável e que a mulher deve aceitar. Isso é muito perigoso.

4. A falta de Educação e Empoderamento: Para mudar essa narrativa, precisamos educar as mulheres e os homens desde cedo. Meninos devem aprender a respeitar as mulheres como iguais, a entender o consentimento e a rejeitar a cultura do machismo. Meninas devem ser empoderadas, ensinadas a reconhecer seus direitos e a não se sentirem culpadas por serem vítimas.

5. A Responsabilidade Coletiva: A mudança não acontecerá apenas com leis e políticas. É responsabilidade de todos nós. Homens, mulheres, instituições, mídia e comunidade devemos nos unir para criar um ambiente onde a mulher não seja culpada por ser vítima. Onde o agressor deve ser responsabilizado e a mulher deve ser apoiada e protegida.

Não podemos mais permitir que a mulher seja duplamente vitimizada: primeiro pelo agressor e depois pela sociedade.

É hora de romper com os padrões antigos, de proteger a mulher e de responsabilizar aqueles que perpetuam a cultura do silêncio. É tão insano ver homens protegendo homens em um mundo onde a mulher se torna culpada por ser vítima!

Um exemplo dess proteção foi o caso Daniel Alves, mesmo sendo declarado culpado, ele recebeu a ajuda financeira da família do Neymar e de amigos que o acolheram e ainda tentaram minimizar o ocorrido. A própria esposa continua o apoiando. É certo que existem exceções, mas em geral, você já percebeu como os homens se protegem?

*DA REDAÇÃO RH. Foto meramente ilustrativa/ reprodução.

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