Ao prejudicar alguém dizendo que é para o bem dele, ainda assim, você estará sujeito a lei da ação e reação.

Você já deve ter escutado a frase: “É para o seu bem!” saindo da boca de alguém que parece acreditar que aquilo que ele está fazendo com você e que está te gerando dor e sofrimento, resultará em algo bom mais a frente.

Mesmo que a intenção dessa pessoa seja mesmo te fazer crescer, ela, inevitavelmente, também será surpreendida por situações e pessoas que farão algo muito parecido com ela. As lições que ela deseja passar a você pela dor, serão entregues a ela também, vindas de outras fontes que, geralmente, nem terão relação com você.

Essa é uma lei, não há como fugir dela, o que se planta colhe. Não tem como você plantar banana e colher maça.

Existem diversas formas “positivas” de ajudar alguém a crescer que não seja pela dor e pela humilhação. Você pode, por exemplo, se comunnicar de uma maneira honesta e sincera. E se isso não surtir efeito, pode propor outras alternativas possíveis. Se mesmo assim, ainda não for o suficiente, pode dizer a outra pessoa, a verdade, pois a verdade, mesmo que seja difícil de digerir, será melhor, do que a punição da psicologia do silêncio ou da exclusão.

Infeliz daquele que acredita que, se prejudicar alguém com boas intenções, não terá consequências.

A lei da ação e reação é implacável. Cada escolha que fazemos reverbera no universo, criando uma cadeia de eventos que moldam o nosso destino.

As ações que escolhemos fazer reverberam como uma onda em alto mar que chega à praia atingindo as casas da encosta.

Uma ação negativa é feito um bulmerangue, uma hora retorna àquele que o arremessou.

Como pode alguém oferecer o mal da falta de empatia, sem se colocar no lugar do outro, sem se perguntar como se sentiria caso estivesse na posição dessa pessoa?

Eu respondo: O egoísmo e a ganância já os cegaram. A incoerência os levam a crer que prejudicar é ensinar. porque muitas pessoas estão vivendo uma mentira.

Elas acreditam que sabem tudo, que estão a cima do bem e do mal. Muitas delas, seguem fazendo maldades, acreditando piamente que estão ajudando. Mas o fato de acreditarem nisso não as eximem de culpa.

Elas não são e nem serão impedidas de continuarem seguindo pelo caminho que acreditam, talvez nem serão penalizadas em vida ou até serão, mas a questão da pena não está em discussão agora. A verdade é que o pior inferno é aquele que se sente dentro, assim que a pessoa atinge a consciência do mal que causou.

Enquanto a pessoa não se tornar consciente de que existe uma lei de ação e reação, ela acreditará que tudo é permitido. Até que não seja mais.

Para quem ainda está preso nos tempos da barbárie e acredita que é preciso prejudicar para ensinar, Alan Kardec alertou: “O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às consequências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã.”.

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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica. Foto de Shamsul Alam Topu na Unsplash VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.