Mãe desempregada abre brechó sustentável e fatura R$ 690 mil
Desapeguei Bonito é o nome que essa mulher deu a o seu brechó sustentável depois de ficar desempregada. Ele virou febre entre os jovens e já faturou cerca de R$ 690 mil.
Quem não sonha não realiza! E essa é a máxima da empresária Carol Rosignoli, de 30 anos que, ao se ver grávida e desempregada, resolveu montar um negócio a partir de roupas e objetos usados de bom gosto.
O brechó começou sem muitas expectativas, mas virou referência após receber a certificação Lixo Zero do Brasil, selo concedido pelo Zero Waste International Alliance (ZWIA), o brechó Desapeguei Bonito (DB), de Brasília.
A empresária afirma que sempre gostou de roupas, consumia muito até se ver desempregada e cheia de coisas em casa que não usava mais.
“Era consumista e tinha muita coisa. Era tanta roupa e sapato, que brinquei: ‘Desapeguei bonito’. Deu tão certo vender os meus desapegos que passei a revender os das minhas amigas também”, afirmou a empresária Carol Rosignoli.
Primeiro a conquistar a certificação
Desde 2015, trabalhando no seu acervo, o empreendimento cresceu e em 2022 chegou a faturar R$ 690 mil, nessa crescente foi contemplado com a certificação Lixo Zero do Brasil. O selo atesta a correta gestão de resíduos sólidos aplicada de acordo com a metodologia Lixo Zero.
Com o crescimento, a empresária decidiu abrir para mais sócias que a ajudaram a abrir o primeiro espaço físico do DB, inicialmente em uma sala comercial.
“Ter uma loja física foi um ato de coragem. Éramos um negócio muito pequeno e tínhamos medo de aumentar muito os custos e de não dar certo, não ter retorno. Mas essa conquista foi uma virada de chave, porque foi quando percebemos que o negócio realmente estava dando certo”, disse, mantendo um perfil da loja no Instagram.
Depois veio Ana Paula Gonçalves, 28 anos, com a terceira loja, que tem 300 m² e reúne o acervo do brechó, um espaço colaborativo para marcas brasilienses, além de uma cafeteria. O espaço também é palco para feiras de brechós da cidade e eventos culturais. As vendas também são feitas via e-commerce.
Mais de 5 mil produtos
Entre roupas, bolsas, sapatos e acessórios, são mais de 5 mil peças. O processo de captação de itens é realizado por compra ou consignação.
“Todas as peças que recebemos passam por uma curadoria. A diferença dos modelos é que na compra, o pagamento é feito logo após a escolha dos itens”, disse Carol.
Se em 2022, o negócio faturou R$ 690 mil. Para 2023, a meta das empresárias é chegar ao primeiro R$ 1 milhão.
“Nossa meta de crescimento em relação ao ano anterior era de 30%, aproximadamente 910 mil. Mas se seguirmos esse ritmo vamos bater o nosso primeiro 1 milhão no próximo semestre”, disse Carol.
Para conseguir o selo, as sócias precisaram fazer algumas mudanças.
“As primeiras mudanças que fizemos e que agora fazem parte da nossa operação foram a coleta seletiva na loja e na copa, a compostagem de orgânicos com Projeto Compostar, a criação de um centro de triagem e a parceria com um catador do aplicativo Cataki”, diz Rosignoli.
Com essas ações o DB conquistou uma pontuação acima dos 94% na categoria desvio de aterro, o que assegura a destinação adequada dos resíduos sólidos, como para reciclagem e compostagem.
Parabéns a essas mulheres empreendedoras que transformaram positivamente as suas realidades e de muitas famílias.
*DA REDAÇÃO RH. Com informações da revista PEGN. Foto: Reprodução/Desapeguei Bonito.
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