“MELHORA ANTES DA MORTE”. Pacientes que melhoram antes de morrer. A resposta está no cérebro.
Como neurocientista, em meus estudos, descobri que o processo de melhora de um paciente enfermo, pouco antes da morte, pode estar relacionado ao cérebro.
É muito comum, em especial em pacientes em estados graves, que haja uma melhora súbita e significativa pouco antes do falecimento, o que pode confundir muitos profissionais da saúde, inclusive os familiares.
O que, para muitos, está ligado à espiritualidade, ficou conhecido entre os cientistas como “melhora da morte”. A ciência possui diversas hipóteses para explicar esse fenômeno, mas a mais contundente, é um processo que acontece no cérebro.
Devido à dificuldade de se realizar exames médicos potencialmente invasivos em pacientes em estado grave para explicar melhor essa situação desafiadora, precisamos ir mais fundo no entendimento das funções cerebrais.
Nenhuma das hipóteses foi comprovada cientificamente ainda, mas ao estudas muitos casos, percebi que o cérebro pode exercer um importante papel nesse processo de melhora instantânea, antes da morte.
Eu arrisco dizer que esse fenômeno tem relação direta com o aumento da produção de neurotransmissores no cérebro como endorfina, adrenalina e dopamina como um último recurso, e em alguns casos, com a remoção de medicamentos que causam efeitos colaterais.
Essa melhora considerável, traz um engano e remete a uma esperança de que o paciente possa se recuperar, porém, pouco depois, ele tem as suas funções vitais desligadas.
Geralmente, nesses casos, a descarga de hormônios é reforçada por especialistas, acreditando-se ser uma última tentativa de manter o corpo funcionando mesmo em estados críticos de saúde.
Porém, após o esgotamento dos estoques das substâncias no cérebro e a paralela deterioração irreversível dos órgãos, o efeito cessa o que gera a piora e a morte do paciente.
Essa é uma das possibilidades mais endossadas pela ciência para o fenômeno, reforçando assim a importância de manter o cérebro saudável para se ter uma saúde integral.
Possivelmente, você já deve ter conhecido alguém, ou ficado sabendo de algum paciente que melhorou antes de morrer, isso se deve a essas descargas hormonais no cérebro que o leva a usar os seus últimos estoques de substâncias que acaba o levando a falência geral.
Infelizmente, a ciência ainda não descobriu como recuperar ou substituir essas substâncias cerebrais, porém, para evitar que ele se deteriore, existem algumas coisas que podemos fazer:
Incluir na rotina atividades físicas, uma dieta saudável, ter um sono regular, e realizar tarefas que estimulem a mente a aprender coisas novas, são hábitos que estimulam a produção de neurotransmissores, que são fundamentais para a saúde do cérebro.
Se você não possui bons hábitos, possivelmente, você terá dificuldades para produzir as substâncias cerebrais necessárias para se manter saudável.
O seu cérebro precisa que você faça a sua parte, para que ele possa fazer a parte dele, quando vcoê mais precisar.
Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: deabreu.fabiano@gmail.com
Foto de capa: Foto de Jimmy Conover no Unsplash
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