“Eu não vivo em um mundinho cor-de-rosa”, foi o que eu ouvi sair da boca de uma amiga, quando eu falava da beleza das pessoas e da vida.
Já sentiu a dor de errar o prego com um martelo e vê-lo acertar o seu dedo quando você o mira com toda força?
Pois é. É bem tipo isso, quando você tenta acertar na vida e erra. A dor cai toda sobre você.
Nessa hora, existem umas poucas opções: ou você se contorce de dor gritando, berrando sua ira aos quatro ventos, ou encontra outros métodos para a dor passar.
Eu já gritei muito com o mundo em muitas vezes que errei o prego. Mas nunca isso, de nada me adiantou. O tempo passava e eu tornava-me mais amarga e com medo de tentar novamente, já que a dor havia sido terrível. Hoje, eu não quero gritar e nem me revoltar por ter errado. A dor me consome, silenciosamente, e mal a ouço. Sinto apenas, algo dissolver-se lentamente dentro de mim, enquanto minha alma chora.
Mas essa mesma dor retirou o véu que me vendava. Não me revolto contra o mundo, nem contra todas as pessoas por um erro que, talvez, tenha sido meu mesmo. Eu ainda vejo cores na vida. Não as vejo cor-de rosa, mas vejo todas as cores que preciso para viver bem.
Abracei uma senhorinha esses dias e, senti tanto amor e tanto carinho naquela criatura, que me fez entender que a vida é muito além de nossa cegueira causada pelas dores.
A vida tem sorrisos, tem sonhos, tem abraços, afetos e leveza!
Sempre seremos decepcionados, amanhã ou não!
Mas a vida segue rumos que não podemos controlar. Ela flui como nós deveríamos fluir também. Não é porque magoaram-me, feriram-me, que deixarei de ter amor pelas pessoas.
Entenda, seu amor pode ter sido rejeitado por um, dois, três… mas e a maioria de pessoas no planeta? Não conta? Elas também rejeitaram você, feriram e pisaram em você? Não.
Então, não culpe o mundo e todas as pessoas que vivem nele por você ter errado o prego e acertado seu próprio dedo, daquela vez…