Comportamento e Psicologia

Museu da Empatia chega ao Brasil para ensinar a se colocar no lugar do outro

Inspirada pelo Empathy Museum sediado em Londres, Andrea Buoro – diretora executiva do intermuseus -, trouxe uma mostra para o Brasil que fala da importância da empatia para nossa sociedade. Através do projeto “Caminhando em seus sapatos” foi feita uma curadoria de 25 histórias contada por 25 personagens diferentes com o intuito de que o ouvinte possa se colocar no lugar do outro. A ação acontece dentro de uma grande caixa de sapatos.

“A ideia era captar questões sociais, de desigualdade, lutas e militâncias contra a gordofobia, machismo, além de abordar conceitos como superação, amor e resistência”, conta em entrevista ao Hypeness. Tais sentimentos universais proporcionam uma experiência única aos visitantes a partir da sua escolha por qualquer caixa de sapatos, sem conhecer previamente informações a seu respeito, somente seu primeiro nome. Posteriormente cada pessoa recebe um fone de ouvido com depoimentos das personas donas de cada par.

“Dizem que é a história que escolhe o visitante”, conta Renato, que também trabalha na mostra. Optei por um calçado número 35 pertencente à Alessandra e saí em caminhada pelo pátio lateral da Bienal em pleno Parque Ibirapuera. Ao escutar sua história de vida descobri que tratava-se de uma garota de programa extremamente sonhadora, que tinha como suas atividades preferidas entrar no google para pesquisar assuntos diversos sobre psicologia.

A segunda caixa que eu escolhi era de um homem, Paulo, número 42. Dessa vez tratava-se do pai da Luiza, que nasceu com a síndrome de down. No áudio ele relata as dificuldades que passou para superar o desafio da inclusão social a partir daquela condição da filha. “Toda história tem um contexto, vivemos numa sociedade que tem grande desigualdade e, por isso, a gente quer promover essa sensação de olhar pras pessoas de forma mais ampla”, justifica Andrea para o Hypeness.

Quando pergunto pra ela sobre a importância de se conviver numa sociedade mais empática, me devolve: “quanto mais empática, melhor essa sociedade consegue lidar com seus conflitos, esse é o caminho permanente para a democracia e o reconhecimento do outro”. A mostra fica no pavilhão da Bienal de São paulo até o dia 17 de dezembro no Parque do Ibirapuera, precisamente na Praça das Bandeiras. Recomendo fortemente à todxs.

Resiliência Humana

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