Estou vivendo sem querer agradar, amando quem preciso amar, correspondendo ao que recebo em meu coração com carinho e atenção.
Estou no auge da maturidade, me importando menos, me mostrando pra mim, provando do gosto do amor-próprio sem culpa.
Não me vejo em um deserto, não me vejo em meio a solidão. Estou vivendo da forma que me sinto bem.
Na hora que o coração aprende a não carregar o que não precisa, ele para de chorar o que já foi.
E quem foi, foi sabendo o que deixou, foi sabendo o que também encontrou.
Na minha memória fotográfica vejo cenas que marcaram minha vida, vejo coisas que eu já não sei mais sentir ou dizer.
Estou vivendo de pleno acordo com o tempo, com o que Deus tem enviando até mim.
A alma está mais em paz, as ruas estão menos cheias de coisas que não quero ver.
Talvez porque o meu coração tenha mudado o foco, tenha mudado o ângulo.
O que me atrai hoje é diferente do que me atraiu ontem.
A energia mudou, a visão do que desejo também.
Deixei pra lá, deixei pra trás, deixei pra quem quiser ficar.
Hoje eu entendo a vida que tenho e agradeço pelas coisas que aprendi, e em mim revelei serem mais importantes do que as coisas a que me sujeitei.
Não sou melhor do que ninguém. Mas minha compreensão diante de tudo me fez romper laços e me unir ao que eleva o meu coração e que me mantém exatamente no caminho do que cultivo.