Geralmente, “se achar” FODA”, é vaidade. Quem é foda de verdade é humilde.
A vaidade tem sim uma função importante, ela te faz olhar para o que existe de bom e belo em você, mas ela não te torna uma pessoa melhor do que as outras, ela te torna pior, caso você comece a se sentir superior e passe a agir com prepotência.
O que te eleva e te torna FODA são as suas ações e atitudes.
Quem é afetado pela vaidade “se acha” foda, porém, muitas vezes, não é assim que os outros o enxergam. Ele é visto como realmente é, vaidoso, extremamente egoísta, sem compaixão e empatia.
Para mim, realmente foda, é quem age sempre com amor, é quem sente alegria de viver, quem vive com entusiasmo e sabe apreciar as coisas mais simples da vida.
Uma pessoa foda, para mim, é aquela que, mesmo com a correria, com tantas urgências e obrigações, sempre encontra um tempo para uma palavra acolhedora, para um ato de encorajamento, e não se deixa abater quando as coisas não saem exatamente como ela queria. Isso significa que ela não se contamina com o orgulho e com a arrogância.
Uma pessoa foda não se envaidece com elogios, e nem esmorece com as críticas, ela sabe quem ela é, reconhece seus talentos, suas capacidades e suas habilidades, por isso, segue trabalhando com humildade, realizando suas atividades com amor e disciplina.
Ela valoriza mais a alegria do que a vaidade, porque sabe que vaidade é diferente de autoestima e que a autoestima genuína – por favor, entenda isso – não é competitiva ou comparativa.
Ela exerce o poder do amor-próprio sem freios e sem remorso, do respeito próprio e da auto-admiração com maestria e, para isso, não precisa menosprezar ninguém. Pelo contrário, ela sente prazer em ver o sucesso dos outros, em ajudar, em compartilhar o que aprendeu – porque quanto mais ela ajuda a acender a luz dos outros, mais iluminada ela fica.
Ela abafa a vaidade e ostenta a humildade para não se tornar tão obcecada consigo mesmo a ponto de não pensar em mais ninguém. Ela é foda porque venceu a ignorância que faz das pessoas egoístas e cruéis, sem compaixão e empatia… Ela está disposta a fazer o bem para si mesma e para os outros, e para isso, ela bebe, todos os dias, da sabedoria que vida oferece.
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar. Foto de Mathilda Khoo no Unsplash.
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