Não ofereça ao outro mais do que ele merece! A falta de reciprocidade, cansa!

Sinônimos de relacionamento para mim é compromisso, comprometimento e lealdade. Porém o que garante a saúde de todo e qualquer relacionamento é a reciprocidade.

A troca constante garante a oxigenação do relacionamento. A relação se sustenta na estrada da vida por um caminho de mão dupla, onde existe uma troca justa entre o dar e receber.

Se você ama, é importante se sentir amado também. Se respeita, há que se ter a certeza de que é respeitado. Se admira, é de suma importância ser objeto de admiração do outro. Se é grato, nada mais justo que receber gratidão da outra parte quando se faz o bem também.

Quando a relação fica assimétrica, onde um oferta o seu melhor e não se sente a retribuição, o peso da balança fica em um só prato e há um esgotamento, um esvaziamento da oferta, o estoque de bons sentimentos vai acabando e o que sobra é um profundo cansaço, mesmo que não haja o desejo de afastamento.

Se você se percebe assim, entregando e nada recebendo, seja honesto com seus sentimentos e verdadeiro com quem é de direito. O outro merece saber o que você precisa receber e você necessita falar.

Uma conversa franca, onde você possa expor seu incômodo e o outro mostre à vontade de se reposicionar, pode reconfigurar a relação. Trazendo novos rumos e oportunidade de salvar a relação.

Isso se, o que te atraiu no outro e que foi motivo para a aproximação ainda estiver lá.

Ainda há apelo e motivação, ainda há mistério a ser revelado? Talvez seja só um momento ruim, e dar voz as suas dúvidas, dar vez as suas inseguranças e frustrações, talvez seja o que de mais honesto você possa fazer por vocês dois.

Quem sabe a outra pessoa não esteja sentindo ou pensando o mesmo sobre você?

Muitas vezes, nós nos confundimos e nos engamos com nossos próprios sentimentos, por isso, não é raro nos equivocarmos, interpretando erroneamente o outro.

O diálogo aberto e sincero, é a única ferramenta eficaz para esclarecer dúvidas.

É preciso se lamentar menos e conversar mais. Saber quais são os motivos reais para a modificação de comportamento, pois uma relação é construída a dois, portanto, escolha parar de reclamar a falta de atitude do outro e começar a fazer pedidos gentis e amorosos.

Revelar a participação de cada um abertamente é a atitude mais digna que podemos ter conosco e com o outro.

Participamos ativamente, da construção e da destruição do elo afetivo e expor a parte e a responsabilidade de cada um é muito mais corajoso e saudável, do que simplesmente desistir.

O mais humilde, mas também mais sensível, inteligente e forte, sempre dá o primeiro passo.

Mas se você perceber, ou/e o outro comunicar de alguma forma, por palavras, gestos ou silêncios sepulcrais, a falta de vontade de investir afetivamente em você e no relacionamento, retire-se sem olhar pra trás!

Devemos sempre entrar de forma silenciosa, discreta, pisando devagar na vida do outro. E a saída, deve ser da mesma forma, silenciosa, porém rapidamente!

Onde você não for bem-vindo, onde não houver reciprocidade, por favor, saia correndo.

O desconforto e o cansaço refletem a falta de reciprocidade na relação. Não se demore onde não houver reciprocidade. Mas não abandone o barco sem antes, remar junto e na mesma direção.

O objetivo final é sempre o mesmo destino, o bem dos dois. Uma coisa só é boa, se for boa para os dois. Mas se depois de ter uma conversa franca com o outro e ficar claro e estabelecido que ele desistiu, respeite-o e siga em frente.

Muitas vezes, só vamos perceber que, aquela relação que não deu certo, foi na verdade, um livramento, algum tempo depois.

Isso, se a gente decidir abrir os olhos.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.