Não querer tomar vacina pode estar relacionado com traumas de infância, diz estudo

Não querer tomar a vacina contra covid-19 pode estar relacionado à traumas de infância

A pandemia de covid-19, certamente, foi um dos eventos mais marcantes da idade contemporânea. Em meio a milhões de perdas mundiais e um cenário de temor generalizado, uma das maiores esperanças era que a ciência trouxesse uma solução com a criação de uma vacina. Porém, quando essa solução finalmente chegou, pessoas no mundo inteiro se recusaram a receber as doses por motivos diversos.

Uma pesquisa publicada pelo jornal BMJ Open sugeriu que a hesitação em tomar a vacina foi 3 vezes maior entre as pessoas que haviam tido 4 ou mais experiências traumáticas quando criança.

Problemas vivenciados na infância, estão fortemente conectados com uma saúde mental debilitada. Alguns estudos demonstram, inclusive, que maus tratos quando criança podem minar a confiança subsequente de modo geral, isso inclui a tendência a não confiar nos serviços públicos.

De acordo com a pesquisa, aqueles que afirmaram ter pouca confiança ou nenhuma nas informações sobre o novo vírus ou que sentiram que as restrições do governo eram muito injustas, eram também, mais propensos a querer o fim imediato dos regulamentos sobre distanciamento social e máscaras obrigatórias. Eles também foram os que mais desrespeitaram as normas e hesitavam em se vacinar.

Traumas na infância também foram associados a essa postura de provável desrespeito às normas vigentes.

Pessoas com esses traumas são conhecidas por terem comportamentos de risco em relação à saúde.

É importante compreender tais limitações, para que possamos avaliar a criação de métodos de apoio para oferecer tratamentos adequados a essas pessoas que vivenciaram traumas na infância.

É preciso tratar a saúde mental da população para aumentar a confiança dessas pessoas nas informações disseminadas, não só para esta pandemia, como para as próximas que o mundo possa vir a enfrentar.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: deabreu.fabiano@gmail.com

*Foto de Caleb Woods no Unsplash;

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.

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