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NEM SEMPRE FICAMOS COM O AMOR DA NOSSA VIDA

Fátima Bernardes e William Bonner são a prova de que o amor não acaba e, mesmo com o fim de uma relação, ele não perde o seu significado.

O que o rompimento deles tem a nos ensinar sobre o amor? Costumo dizer que amar também é desistir. E digo isso porque já tive que desistir de alguém mesmo querendo tanto ficar.

E é preciso muita coragem pra desistir de alguém que você ama pra caralho, sabe? É preciso coragem pra saber que chegou ao fim, pra entender que nem sempre permanecemos com o amor de nossas vidas, a vida é assim. É preciso maturidade pra aprender que amar também é ir embora, é permitir que o outro se vá, quando você entende que não existe motivos pra ele permanecer contigo. É preciso maturidade pra entender que o amor não deixa de existir por conta de um fim de relacionamento. Posso dizer com toda certeza do mundo que amor não é somente quando você está ao lado de alguém, amor não existe apenas enquanto vocês estão juntos. Amor é, principalmente, aquilo que fica quando tudo se vai. Aquela admiração que permanece mesmo depois do fim. O amor é aquilo que fica, aquele pedaço do outro que permanece na gente, sabe?

Antes acabar um relacionamento e preservar o amor que você construiu nele, que permanecer por apego, até tornar o amor algo insano e decepcionante.

Perder alguém que você ama não significa que esse alguém deixou de ser amor ou que nunca tenha sido. Isso não deve ser o fim do mundo, às vezes é uma questão de sorte. Sorte por você ter sentido que foi amor e o provado intensamente. Afinal, algumas pessoas sequer conseguem encontrar alguém que faça sentido ao amor.

Se isso for te confortar, te digo que a vida tem disso, às vezes a maior prova de amor que podemos demonstrar é simplesmente, deixando o outro ir. Às vezes não temos escolha. Às vezes nos prendemos em relações que não fazem sentido, permanecemos lutando, nos esforçando, tentando por algo ou alguém que não vale mais a pena. E é preciso maturidade pra enxergar o momento que precisamos ir embora e deixar o outro escolher o melhor caminho.

Que possamos amar intensamente uns aos outros e que aceitemos o fim quando inevitável. Que saibamos que amar não se limita em permanecer junto, e que os finais não desqualifiquem o significado do amor. Que possamos enxergar o que valeu a pena e comecemos a considerar os momentos que foram vividos. Que tenhamos maturidade o suficiente pra desejar sorte ao outro e torcer pra que ele alcance os seus objetivos, mesmo que o outro não esteja mais ao nosso lado. Que acreditemos no amor, porque ele é o sentimento mais forte e sincero que temos.

 

Iandê Albuquerque

Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .

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