“Pessoas que dão “aquela relaxada” após as refeições são mais inteligentes”, diz neurosciêntista. Veja por quê!
De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Saarland na Alemanha, dormir 45 minutos após a refeição faz muito bem para a saúde porque aumenta a disposição e a produtividade nas tarefas diárias, diminui o cansaço e melhora a concentração e o desempenho cognitivo. Isso quer dizer que, dar aquela relaxada após as refeições, não é preguiça, é necessário para bom funcionamento do corpo e para que possamos tomar decisões mais inteligentes.
Esse é um hábito comum da cultura espanhola e italiana, a famosa “sesta” (ou soneca após o almoço), mas na nossa sociedade que está sempre correndo, considerada a mais ansiosa do mundo, onde é comum fazer refeições frente às telas ou já correr para as atividades, assim que termina de comer, como fica?
Estamos vendo as estatísticas, o brasileiro está cansado, ansioso e depressívo, sengundo o Organização Mundial de Saúde, o Brasil sofre a segunda onda de saúde mental pós pandemia, com um aumento de 25%. Isso se dá porque o brasileiro precisa estar sempre correndo, muitos não têm renda suficiente para terminar o mês, precisam trabalhar muitas horas por dia, pior ainda, precisam alcançar metas, muitas vezes, desumanas, impostas por empresas que se importam mais com o capital do que com o seu pessoal. Isso tudo, somado a problemas familiares e pessoais acabam desencadeando uma sensação constante de incerteza e insegurança emocioanal.
Quando você não se permite descansar, ou não pode, o seu corpo responde com ansiedade, taquicardia, pressão alta, disfunção nnutricional, entre muitas outras doenças…
Após as refeições o seu corpo pede um descanso, respeite.
O sistema nervoso parassimpático é o lado “descansar e digerir”, enquanto o simpático é o lado “lutar ou fugir”. No sistema nervoso autônomo parassimpático o neurônio pré-ganglionar longo secreta acetilcolina. O neurônio pós-ganglionar curto também secreta acetilcolina; estimulando órgãos alvos e gerarem ações fisiológicas. Não há ação adrenérgica como no caso do sistema nervoso simpático, ou seja, é momento de relaxar.
Ele é ativado na digestão, repouso e/ou relaxamento e facilita a digestão por meio da secreção fluída da saliva, facilitando o início da digestão e a formação do bolo alimentar, consequentemente o processo de deglutição.
Há uma diminuição da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, desvio de sangue da musculatura esquelética estriada, onde o aporte nutricional é desviado. Tudo em prol da facilitação do processo digestivo, ou seja, as vísceras do sistema digestivo trabalham com maior atividade. Isso exige maior consumo de oxigênio e nutrição, por isso esse desvio.
No caso do sistema nervoso autônomo simpático, ativo quando estamos em situações de atividades como exercícios, ansiedade ou estresse, os receptores beta 1 adrenérgicos aumentam o batimento e frequência cardíaca e os receptores beta 2 adrenérgicos são responsáveis pela broncodilatação, permitindo maior entrada de oxigênio na corrente sanguínea, ambos, preparando o organismo para mobilização de nutrientes e oxigênio para musculatura esquelética estriada.
Todas essas informações comprovam que dar aquela relaxada após as refeições não só vão nos deixar mais inteligentes, como mais saudáveis. Porque quando você ajuda o seu corpo, ele também te ajuda, diminuindo a ansiedade, o cansaço, os pensamentos acelerados e aumentando a sua disposição e a sua capacidade de resolver problemas com maior inteligência.
Os inteligentes entenderão, brincadeira (rs).
Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]
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