Muitas pessoas, acham que precisam se anular ou sacrificar suas próprias identidades, valores ou necessidades para serem amadas. E infelizmente, esse comportamento, em vez de gerar amor recíproco, acaba gerando um abuso sem fim.
Ningu´pem deveria se anular para se relacionar afetivamente, tão pouco, profissionalmente. O amor saudável e genuíno envolve sim limitações, existe dentro de uma relação uma necessidade de se fazer acordos e trocas para que o amor possa fluir livremente. Mas somente quando esses acordos e trocas são justas e equilibradas podemos perceber o respeito e o apoio mútuo.
Quando uma pessoa decide se anular para atender as necessidades do outro, esse relacionamento adoece porque para que um relacionamento se torne saudável, as pessoas precisam se mostrar autênticas e, nessa autenticidade, se sentirem amadas pelo que são, com todas as suas qualidades e imperfeições.
Quando olhamos para uma pessoa que se anula dentro das suas relações, podemos perceber nela, uma falta de amor próprio.
Isso acontece porque antes de amar alguém profundamente, é essencial amar a si mesmo e manter sua própria integridade emocional e mental.
Sem esse autoamor, a pessoa se rende facilmente aos desmandos das outras pessoas e negligencia as suas próprias necessidades. Se você parar para observar, os relacionamentos saudáveis são construídos com base na honestidade e na individualidade, no respeito mútuo e na comunicação aberta e, por isso, eles tendem a ser mais duradouros.
Mas quando você decide alterar a sua verdadeira essência para ser amado por alguém, você se perde do seu próprio caminho de crescimento e desenvolvimento pessoal.
O amor genuíno e saudável deve aceitar e valorizar cada indivíduo por quem é, com suas qualidades, características e capacidades únicas. Mas quando uma das partes que se relacionam, ou mesmo, as duas, exigem que o parceiro ou a parceira se tornem cópias de si mesmas, acaba acontecendo um travamento da engrenagem do amor. Porque o verdadeiro amor liberta, nunca aprisiona.
O amor verdadeiro estabelece uma relação em que ambas as partes podem ser autênticas e se manifestar livremente, sem medo de serem julgadas ou rejeitadas.
Ambas se preocupam em manter a integridade pessoal e a individualidade, pois sabem que é isso que contribui para a riqueza e a diversidade na convivência a dois.
Quando alguém se escolhe se anular para agradar ou ser amado por outra pessoa, essa escolha pode a levar a uma perda de identidade, autoestima e uma diminuição da sua felicidade pessoal. Quando não há independência mútua e intenção de crescimento em conjunto, quando não há respeito as diferenças nem valorização das singularidades de cada indivíduo, o amor se deteriora e a relação adoece.
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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica.
